- Assalto a "coisa pública", Corrupção, Elites patéticas, Manipulação da verdade, Mediocridade, Nepotismo
Como Portugal Deixou Morrer a Fábrica que Fazia Comboios
BOX DE FACTOS Fundada em 1943, na Amadora, como peça central do plano de industrialização pesada do Estado Novo, inicialmente focada em equipamentos hidromecânicos para barragens. 1 A partir dos anos 50 torna-se o principal construtor ferroviário português, com licença da norte-americana Budd para fabricar material circulante em aço inox canelado. 2 No auge, na década de 70, emprega cerca de 4.000 trabalhadores e exporta para Europa, África, América Latina e Ásia. 3 Anos 80–90: reestruturações sucessivas, entrada da ABB, criação do grupo SENETE e integração na ADtranz, transformam a fábrica de construtor integrado em simples unidade de montagem. 4 2001: Bombardier compra a ADtranz; a SOREFAME passa a Bombardier…
- Corrupção, Crime Organizado, Filosofia, humanidade, Manipulação da verdade, Mediocridade, Nepotismo, Política Internacional
O colapso lento da civilização moderna : A decadência e beleza simultâneas
O Crepúsculo do Mundo Civilizado: a elegância da decomposição Por Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen Série: Contra o Teatro da Mediocridade Há civilizações que morrem em silêncio, e outras que morrem com luzes LED acesas e hashtags motivacionais. A nossa escolheu o segundo caminho: está em decomposição, mas instagramável. 🌍📱 Nunca o mundo pareceu tão evoluído, tão informado, tão orgulhoso da sua racionalidade — e, paradoxalmente, tão profundamente vazio. Construímos cidades inteligentes e almas analfabetas. Erguemos democracias digitais e mentes incapazes de discernimento. Somos, ao mesmo tempo, o auge da técnica e o abismo do sentido. A civilização ocidental, que um dia quis iluminar o mundo com o logos,…
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Portugal: Um país desigual e injusto socialmente
🖤 Portugal, Estado Negro Por Augustus Veritas, com Francisco Gonçalves “Entre ter e não ter, entre nascer no berço certo ou no esquecimento social, o país revela-se: uma terra desigual vestida de promessas ocas.” ⚖️ A Radiografia da Vergonha O mais recente relatório da OCDE — “Ter e Não Ter – Como Ultrapassar a Desigualdade de Oportunidades” — traça um retrato inquietante: Portugal ocupa o segundo lugar entre os países mais desiguais da organização. Apenas os Estados Unidos da América nos ultrapassam. E, se adicionarmos três países candidatos, caímos para quarto lugar entre 32, ombreando com nações como a Bulgária, marcadas por décadas de transição difícil, corrupção institucional e perda…
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O INEM nunca deixa desculpas
“Era velho… e deixou-se falecer” Crónica de uma morte desassistida Em Portugal, quando o INEM falha — e falha com consequências irreversíveis — há sempre um desfecho previsível, quase ritualístico: um relatório sóbrio, burocrático, assinado por entidades anónimas, que conclui serenamente que “tudo foi feito segundo as melhores práticas”. E pronto, o falecido que descanse em paz… se possível, sem levantar problemas. Na última ocorrência, como em tantas outras, uma vítima esperou. Esperou com dores, esperou com angústia, esperou com o coração em contagem decrescente. E o INEM… demorou. Porque havia outras prioridades, porque o sistema estava sobrecarregado, porque os algoritmos disseram que não era grave o suficiente. Quando chegou…
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Capitalismo Selvagem e o Ataque às Democracias: o livro que dá nome ao mal-estar
Resumo (para abrir o apetite): O livro de Francisco Gonçalves nomeia um desconforto que muitos sentem: votos contam, mas decisões parecem vir de fora. Este post resume a tese, o diagnóstico e as soluções — em linguagem direta, para partilhar no seu blogue. Porquê agora Entre desigualdade extrema, captura do Estado e descrença nas instituições, cresce a ideia de que a política se rende ao mercado. O livro não é só denúncia: é um convite a reconfigurar regras do jogo para que a democracia volte a significar poder público para o bem comum. Tese em uma frase Sem travões éticos e institucionais, o capitalismo vira selvagem: transforma direitos em mercadorias,…
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O Cargo de Luxo para Supervisionar o Vazio
Num país onde os jovens emigrados sustentam os pais reformados, onde os hospitais fecham por falta de médicos, e onde se debatem cêntimos no preço da merenda escolar, há um cargo que permanece intocável pela realidade: o de governador do Banco de Portugal. Álvaro Santos Pereira, ex-ministro reciclado, ex-consultor global, ex-tudo-e-mais-alguma-coisa, prepara-se para ocupar esse trono — com vencimento de quase 20 mil euros por mês, regalias à parte.Tudo para “supervisionar” um setor que já não existe como o povo pensa: a banca privada nacional foi devorada, desfeita ou vendida ao desbarato — muitas vezes com o selo de aprovação desta mesma “supervisão”. 💼 Um cargo dourado para um papel…
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Os Senhores do Silêncio: Lacaios de Luxo da Banca Corrupta
Durante décadas, o Banco de Portugal ostentou um título pomposo: “autoridade supervisora do sistema financeiro”.Mas essa pompa escondia um vazio funcional e um abismo ético. Hoje, com escândalos atrás de escândalos, falências atrás de falências, e fortunas públicas escoadas como areia pelos dedos, temos a obrigação de dizer a verdade nua e crua: O Banco de Portugal falhou.E os seus governadores foram cúmplices, ou no mínimo, lacaios passivos, dos poderes corruptos que arruinaram a banca portuguesa. Salários de Ouro, Serviço Zero Os governadores e vice-governadores do Banco de Portugal recebem vencimentos superiores ao presidente do Tesouro dos EUA.Num país onde a maioria da população sobrevive com salários mínimos e pensões…
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🌍 O Fio da Navalha: Democracias à Deriva e o Espectro do Retrocesso Civilizacional
Vivemos uma época inquieta, em que a civilização que tanto se gabou do seu progresso científico, humanista e tecnológico, começa a dar sinais de regressão profunda.Um retrocesso que não acontece com guerras mundiais ou meteoritos visíveis, mas com o desgaste silencioso das instituições democráticas, da ética comum e da confiança entre os povos. 🏛️ 1. A Democracia Representativa Deixou de Representar Em vez de uma democracia viva, deliberativa e participada, temos hoje um simulacro de soberania popular.Os parlamentos enchem-se de carreiristas políticos, obedientes ao partido e alheios ao povo. As decisões são tomadas em gabinetes opacos, influenciadas por lobbies, interesses empresariais e consultoras globais. Os cidadãos votam de quatro em…
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Portugal: Da Liberdade Sonhada à Democracia de Fachada
"O que começou com cravos e esperança degenerou, em muitos aspetos, numa democracia de fachada — onde os partidos vivem para si, a justiça dorme e o povo assiste, mudo, à encenação do poder."
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Este regime de nepotismo e corrupção não respeita a sociedade civil
“O povo serve-lhes de escada e alimento. A cidadania é tolerada… desde que seja muda. Quem ousa propor soluções é ignorado ou silenciado. E quando ousamos falar, respondem-nos: ‘Quem és tu para te meteres na política?’ — Salazar não faria melhor.”




























