António Costa, o Grupo Pestana e o Banquete que o Povo Pagou
BOX DE FACTOS
- O Grupo Pestana foi repetidamente beneficiado por decisões políticas de alto nível.
- António Costa e o seu Governo foram acusados de favorecer grandes interesses privados.
- Portugal continua a apresentar dos maiores níveis de desigualdade de riqueza da UE.
- A promiscuidade entre Estado e grupos económicos é estrutural e transversal ao regime.
António Costa, o Grupo Pestana e o Banquete que o Povo Pagou
Há notícias que não surpreendem — apenas confirmam o que já sabíamos no fundo da alma.
A manchete de hoje, revelando que António Costa terá oferecido lucros de milhões ao Grupo Pestana, é mais um capítulo da velha tradição portuguesa: o povo paga, a elite brinda.
O Estado-Mordomo: Servil com os Grandes, Cruel com os Pequenos
Portugal transformou-se num teatro onde os governantes actuam como mordomos obedientes dos grandes grupos económicos.
Não há vergonha, pudor ou hesitação — apenas a velha liturgia: “Tira aos pobres. Entrega aos ricos. E chama-lhe política de desenvolvimento.”
Quando se trata de apoiar o cidadão comum, o discurso muda:
“não há verbas”, “não é sustentável”, “temos de ser responsáveis”.
Mas para os grandes senhores do país, há sempre portas secretas, pacotes especiais
e tapetes vermelhos estendidos pelo próprio poder político.
A Democracia Capturada
O grande problema de Portugal não é apenas a corrupção visível.
É a corrupção elegante, legalizada, perfumada de legitimidade institucional.
É a simbiose tóxica entre governo e interesses privados, onde ambos se alimentam e o país definha silenciosamente.
Esta promiscuidade cria uma democracia apenas no papel:
um regime representativo que deixou há muito de representar quem trabalha e produz.
O Estado tornou-se uma máquina de redistribuição… mas ao contrário: redistribui riqueza dos pobres para os ricos.
O Povo Que Sustenta o Luxo Alheio
Enquanto estas alianças se fazem nos bastidores, o país real vive de salários de miséria, pensões que envergonham, serviços públicos podres e impostos sufocantes.
E quando o português comum ousa reclamar, dizem-lhe para esperar “medidas estruturais”.
Mas as medidas estruturais chegam sempre… para os outros.
Para os grandes, sempre houve pressa. Sempre houve soluções. Sempre houve milhões.
A Revolta Moral Necessária
Num país onde tantos vivem na corda bamba, é obsceno ver estes favores com etiqueta dourada.
É moralmente repugnante. É politicamente intolerável.
E é aqui que a cidadania desperta.
Não estamos a falar de esquerda ou direita — mas de decência.
De ética pública. De verdade.
De responsabilidade por um país que há demasiado tempo vive ajoelhado perante meia dúzia de senhores que o tratam como feudo pessoal.
A democracia só não colapsa porque o povo continua, apesar de tudo, a levantar a cabeça.
Um dia, talvez isso não baste — e o país terá de decidir se quer continuar a ser governado para os ricos, ou finalmente para os portugueses.
O caso Pestana-Costa não é um acidente: é um espelho.
E o que vemos refletido não é belo — mas é verdadeiro.
E a verdade, por mais dura que seja, é sempre o primeiro passo da mudança.
Co-autoria Editorial algorítmica: Augustus Veritas Lumen


