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Porque o obsoleto tem que morrer

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Tão importante quanto inovar é deixar morrer

Engrenagem enferrujada ao lado de um microchip moderno
A transição: o velho e o novo, lado a lado — é preciso coragem para enterrar o que já não serve.

“Tão importante quanto promover a inovação é deixar morrer as tecnologias obsoletas”, defenderam recentemente os Prémios Nobel da Economia.

Há nisto uma verdade quase biológica: a evolução não é feita apenas de nascimento, mas também de extinção. Cada ideia que se ergueu sobre os alicerces de outra só pôde florescer porque algo foi abandonado, desactivado, esquecido — e isso é tão essencial como o acto de criar.

Inovar é uma arte de desapego. É saber quando desligar as máquinas do passado, quando permitir que um código antigo, uma tecnologia cansada ou um modelo mental se apaguem com dignidade. Só assim o novo respira e cresce.

Em demasiados lugares, perpetua-se o conforto sujo da rotina — políticas, empresas e hábitos que mantêm aparelhos e processos obsoletos em vida artificial. Pensam que conservam, quando na verdade alimentam a decadência.

Não há inovação sem funeral. Não há futuro sem o luto do passado. Deixa morrer o que impede o nascer do novo.


✍️ Francisco Gonçalves — Fragmentos do Caos

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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