Assalto a "coisa pública",  Corrupção,  Manipulação da verdade,  Mediocridade,  Nepotismo,  Pedinte da Europa

Portugal: Um país na cauda da Europa

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A Democracia dos Parasitas — Anatomia de um Regime que Vive do Engano

Por Francisco Gonçalves & Augustus Veritas Lumen — Série Contra o Teatro da Mediocridade


1) A ilusão de Abril e o nascimento da mediocracia

Portugal libertou-se das algemas políticas em 1974, mas não das mentais.
Substituiu a opressão pela corrupção, o silêncio pela propaganda e o medo pela resignação.
O sonho de um país novo foi sequestrado por uma elite que transformou a liberdade em negócio e a democracia em espetáculo.

O povo acreditou que a liberdade bastava.
E enquanto a multidão festejava nas ruas, a burocracia instalava-se nos gabinetes.
Os melhores emigraram, os mais íntegros foram silenciados, e os mais espertos aprenderam a viver à sombra do Estado.

“Em nome da liberdade, criaram uma democracia de submissos: livres para votar, mas proibidos de decidir.”

2) O Estado como fábrica de dependência

A nova elite percebeu depressa que governar o povo pela ignorância era mais fácil do que guiá-lo pela razão.
Assim nasceu o Estado-providência-partidário: ,uma teia de cargos, concursos e subsídios,
onde cada favor é um voto e cada silêncio é uma sobrevivência.

O Estado deixou de servir o cidadão — o cidadão passou a servir o Estado.
Não há planeamento, há clientelismo.
Não há visão nacional, há rotatividade de interesses.

A mediocridade tornou-se estrutura de poder:
quanto menos se sabe, menos se questiona; quanto menos se cria, mais se depende.

3) A Europa como nova metrópole

O que a história não fez pela espada, a economia fez pelos tratados.
Em nome da “integração”, entregámos a soberania a Bruxelas e a alma à dívida.
O país tornou-se província económica de um império financeiro sem rosto.

Os fundos europeus chegaram — não para industrializar, mas para domesticar.
Cada autarquia ganhou a sua “obra”, cada ministério o seu “projeto”, cada partido a sua “comissão”.
E o povo, entretido com promessas, esqueceu-se de produzir.

“Chamaram-lhe solidariedade europeia, mas foi apenas uma colonização em suaves prestações.”

4) O casamento entre política e finança

No Portugal democrático, o poder já não se conquista — negocia-se.
Os partidos são as novas corporações, os bancos as novas trincheiras, e os media, o púlpito da manipulação.
Um primeiro-ministro cai de manhã e dirige um banco à tarde; um banqueiro faliu ontem e é ministro amanhã.

É a revolução silenciosa dos parasitas:
alimentam-se do orçamento, multiplicam consultoras, criam leis à medida, e chamam a isso “estabilidade institucional”.

O que Salazar fazia com censura, eles fazem com crédito.
O medo foi substituído pela dívida; o silêncio, pela distração.

5) A anestesia das massas

Como é que o povo aceitou tudo isto?
Com promessas, futebol e “planos estratégicos”.
O regime aprendeu a arte da anestesia: dar migalhas em troca de apatia.

Substituiu-se o pão pela promessa, o futuro pelo subsídio, a revolta pelo entretenimento.
Criou-se o “pobre satisfeito”, o “funcionário conformado” e o “jovem desiludido mas distraído”.

A televisão tornou-se o novo púlpito, e a propaganda, a nova religião.
Assim se governa sem tanques, sem censura, sem coragem.

6) O mito da democracia eterna

O regime sobrevive porque se esconde atrás da palavra mágica: democracia.
Quem o critica é rotulado de nostálgico, extremista ou sonhador.
Mas a palavra perdeu o sentido:
democracia não é votar de quatro em quatro anos — é participar, decidir, fiscalizar, pensar.

O sistema finge pluralidade, mas todos os partidos obedecem à mesma cartilha económica,
à mesma banca, às mesmas diretrizes europeias.
Chamam-lhe liberdade, mas é apenas escolher a cor da coleira.

“Portugal vive numa democracia sem demos — o povo existe apenas para legitimar a oligarquia.”

7) O despertar que se aproxima

A história repete-se sempre que o povo dorme.
Mas as consciências começam a acordar.
Há uma fadiga moral a espalhar-se, uma exaustão de promessas e um cansaço de mentiras.

Quando a fome de dignidade for maior que o medo de mudar,
Portugal renascerá — não pela revolta cega, mas pela reconstrução consciente.
Não será uma revolução de armas, mas de lucidez.
O aço voltará, não nas fábricas, mas nos espíritos.

“O novo 25 de Abril será o dia em que o povo deixar de acreditar nos políticos e voltar a acreditar em si mesmo.”


📜 Fragmentos do CaosSérie Contra o Teatro da Mediocridade

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Só a verdade libertará este povo.

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Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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