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A democracia como uma farsa

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A Democracia Representativa: a Grande Farsa dos Nossos Dias

Box de Factos:
Texto original escrito em janeiro de 2014 por Francisco Gonçalves, agora reescrito e renovado em 2025.
Tema central: a democracia representativa como sistema de manipulação e encenação, mais próximo da farsa do que da verdadeira participação popular.

A democracia representativa dos nossos dias deixou de ser democracia. É farsa, encenação, um espetáculo político onde o povo paga bilhete mas nunca sobe ao palco. Pior que muitas ditaduras, nem sequer precisa perseguir quem pensa diferente — basta ignorar.

O debate de ideias não existe. O que há são conversas circulares, sempre dentro das muralhas dos partidos. Um bando partidário, fechado, de pensamento monolítico, que se auto-intitula dono da razão e toma conta da vida política, económica e social do país. O que sobra ao cidadão? Aplaudir, resmungar nas redes sociais e votar de quatro em quatro anos no mesmo cardápio de mediocridade.

“Entre este sistema de controlo da vida pública, exercido por uma cáfila de partidos, e o regime de partido único, a distância é mínima: vai apenas o salto de um anão — e o trono é do charlatão.”

Aliás, não de um, mas de muitos charlatões e charlatonas que desfilam diariamente na praça pública, vendendo demagogia barata e slogans reciclados.

O povo continua escravizado porque o permite. Porque acredita na encenação, porque se deixa adormecer pela retórica fácil, porque troca indignação genuína por indiferença passiva. E assim, geração após geração, alimenta os mesmos parasitas.

Hoje, como ontem, a demagogia é servida “à maneira”: com rostos sorridentes, discursos ensaiados e promessas que todos sabem que não serão cumpridas. O teatro é tão velho como a política. Do antigo Egipto à Suméria, passando pelo Império Romano e as monarquias absolutas, o jogo é o mesmo: controlar o povo com fé, medo ou propaganda. Mudam-se os atores, mantém-se a peça.

E nós? Continuamos a acreditar que evoluímos muito. Carregamos licenciaturas, doutoramentos, MBA’s e outros títulos pomposos. Mas usar o cérebro para além de decorar factos, ou para questionar a engrenagem que nos governa? Isso, nem mortos.

“A chamada democracia representativa não é democracia — é apenas a versão polida da servidão.”

E enquanto aceitarmos a farsa, seremos sempre cúmplices do nosso próprio cativeiro.


Texto de Francisco Gonçalves (2014), reescrito em 2025.
Publicado em Fragmentos do Caos

“A humanidade é a vitória dos arrogantes sobre os humildes, dos fortes sobre os débeis, da besta sobre o anjo.”

[Guerra Junqueiro]

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Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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