
O Pavão e a Raposa: Tragédia em Dois Egos
Trump e Putin: O Jogo das Sombras e dos Egos

Trump fala com Putin e sai sempre enredado — como um miúdo que julga dominar o jogo e acaba enfeitiçado pela serpente.
De um lado, o pavão do ego inflamado; do outro, a raposa paciente que conhece o valor do silêncio.
A história repete-se, e o teatro geopolítico transforma-se numa aula pública de manipulação.
Donald Trump hesita, após conversa com Putin, no envio de mísseis Tomahawk para a Ucrânia, levando Zelensky a pressionar Washington por mais apoio.
E nessa hesitação, o mundo inteiro percebe: o homem que se diz inabalável treme ao som da voz do czar moderno.
O Pavão e a Raposa
Putin enrola-o sempre — com o domínio frio de quem joga xadrez enquanto o outro ainda brinca com peças de damas.
Trump fala de força, mas teme ser contrariado; quer parecer imprevisível, mas torna-se previsível na vaidade.
A raposa conhece o pavão — e diverte-se.
Zelensky e o Farol Intermitente
Lá em Kiev, Zelensky observa a hesitação americana como quem olha o mar à espera de um farol que ora acende, ora se apaga.
Cada atraso no apoio é medido em vidas.
E o mundo, cansado de discursos, vê o sangue transformar-se em tinta diplomática para as manchetes do dia seguinte.
O Teatro Global da Vaidade
Vivemos uma era em que a política internacional se tornou reality show, onde cada líder representa a sua própria caricatura.
Trump procura a glória de ser temido; Putin, a de ser eterno.
Entre ambos, o planeta perde paciência, decência e esperança.
No fim, resta o espectáculo:
o magnata aplaude-se, o autocrata sorri, e os mortos continuam a cair sem aplausos nem cortina final.
Epílogo
Tristeza este Trump — não pela ideologia, mas pela ingenuidade.
Acredita que pode dançar com lobos e sair sem feridas.
Mas o lobo não dança — o lobo observa, espera, e morde quando o ego distrai.
E assim o mundo gira, suspenso entre bravatas e ameaças, enquanto os impérios jogam com a vida dos outros como se fossem peças descartáveis de um tabuleiro invisível.
Nota editorial: esta caricatura internacional, assinada por Siegfried Woldhek,
representa de forma simbólica o jogo de forças geopolítico do nosso tempo —
uma metáfora visual do poder e da submissão,
onde a arte satírica cumpre o papel que a política esqueceu: o de dizer a verdade sem medo.

