
EMEL em campanha: dirigentes, arguidos e consultores à sombra do PSD
PSD estaciona quadros e arguidos na EMEL
📌 Factos Essenciais
- A EMEL, empresa municipal de estacionamento de Lisboa, tornou-se destino de militantes e dirigentes políticos próximos do PSD.
- Entre os nomeados surgem duas arguidas no processo Tutti Frutti, suspeitas de manipulação político-partidária.
- Foram ainda contratados consultores e advogados com ligações diretas ao partido.
- Estas colocações levantam suspeitas de nepotismo e de uso da empresa como “parque de tachos”.
A EMEL como plataforma política
A empresa que deveria zelar pela mobilidade e ordenamento do estacionamento da capital é, cada vez mais, retratada como espaço de compensações políticas. Cargos de chefia, contratos de consultoria e nomeações em áreas sensíveis foram ocupados por militantes e dirigentes do PSD, transformando a EMEL num prolongamento dos corredores partidários.
O caso Tutti Frutti
Duas das nomeadas estão arguidas no processo Tutti Frutti, investigação que expôs redes de conluio para distribuição de lugares e manipulação da vida interna das autarquias. A sua presença na EMEL simboliza não apenas continuidade, mas também descaramento — como se os arguidos pudessem encontrar na empresa municipal um porto seguro até a tempestade judicial passar.
Consultores e advogados à medida
Não ficam por aqui as ligações: advogados e consultoras próximos da estrutura partidária foram também contratados, reforçando a ideia de que a EMEL funciona como um cofre de favores, um espaço onde a política se serve antes de servir os cidadãos.
Conclusão
A história repete-se: empresas municipais usadas como viveiros de clientelismo e moeda de troca entre partidos e aparelhos. Enquanto isso, os cidadãos pagam parquímetros, multas e avenças. A EMEL deveria ser instrumento de gestão urbana; em vez disso, estaciona privilégios e alimenta redes de influência. A pergunta impõe-se: até quando?
Fonte inspiração : Jornal de Negócios

