Política Internacional,  Sociedade e politica

A Rússia de Putin bem nervosa com uns tantos Tomahawks!

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Box de Factos
Rússia inquieta com possibilidade de Trump fornecer Tomahawks a Kiev.
Cenários analisados: show político, resposta simétrica, escalada perigosa e retórica nuclear.

Trump, Tomahawks e o Tabuleiro Russo-Ucraniano

Introdução

O fantasma da imprevisibilidade regressa ao centro da geopolítica mundial.
A Rússia de Vladimir Putin treme perante a simples hipótese de Donald Trump, num gesto teatral e disruptivo, decidir fornecer uns tantos mísseis Tomahawk a Kiev — não para salvar a Ucrânia, mas para provar que a sua mão é mais firme do que a de Joe Biden e que o destino da guerra pode ser alterado com um estalar de dedos.

Neste jogo, Kiev não é protagonista, é palco. O confronto real desenrola-se entre Washington e Moscovo, enquanto a Europa assiste, mais uma vez, como figurante assustada.

Cenário 1 – Show político, impacto limitado

Trump ordena um ataque simbólico com meia dúzia de Tomahawks.
O objetivo é mostrar ao mundo que manda e que Putin não o controla.
Resultado: moral elevado em Kiev, propaganda russa a disparar, mas a guerra continua no mesmo impasse.

Vencedores: Trump (na narrativa interna), Zelensky (ganha ânimo político).
Perdedores: Moscovo, que fica exposta à imagem de vulnerabilidade.

Cenário 2 – Resposta simétrica de Moscovo

O Kremlin evita confronto direto e responde em terreno assimétrico: ataques cibernéticos, sabotagem energética ou destabilização política na Europa.
A Rússia preserva o discurso de vítima do imperialismo ocidental, enquanto cria caos controlado.

Vencedores: Putin, que mostra ao povo russo que reage.
Perdedores: Europa, que paga o preço em energia e insegurança.

Cenário 3 – Escalada controlada (perigoso)

Moscovo arrisca ataques perto das fronteiras da NATO, para intimidar sem declarar guerra formal.
Um erro de cálculo basta para transformar o conflito regional em confronto continental.

Vencedores: ninguém.
Perdedores: todos — risco real de guerra direta entre potências nucleares.

Cenário 4 – Putin joga a carta nuclear retórica

O Kremlin intensifica exercícios militares, desloca ogivas para Kaliningrado, multiplica ameaças nucleares.
É mais teatro do que prática, mas suficiente para pôr o mundo em pânico.

Vencedores: Moscovo no jogo psicológico.
Perdedores: mercados financeiros e segurança global.

O Paradoxo Trump-Putin

A ironia é que tanto os analistas ocidentais como os estrategas do Kremlin vêem Trump como um risco — mas por razões opostas.
No Ocidente, teme-se a irracionalidade que mina alianças.
Na Rússia, teme-se a mesma irracionalidade, mas porque impede Putin de controlar o tabuleiro.

Trump representa a incógnita que baralha o jogo de xadrez e começa a jogar às cartas.

Conclusão

Seja qual for o desfecho, uma coisa é certa: a guerra na Ucrânia deixou de ser apenas uma disputa territorial.
É agora um teatro de sombras onde a imprevisibilidade de um homem em Washington pesa tanto quanto os tanques russos nas estepes.

E é isso que mais assusta Moscovo: não a força, mas a incerteza.

Publicado em Fragmentos do Caos por Augustus Veritas & Francisco Gonçalves
🌌 Fragmentos do Caos: BlogueEbooksCarrossel

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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