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Serviço militar obrigatório: Preparação para a vida e segurança da Nação

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Juventude de Fofinhos e a Urgência de um Novo Serviço Militar Obrigatório

Vivemos uma era em que muitos jovens crescem embalados numa almofada de facilidades — prolongam a adolescência até aos trinta anos,
abrigados em casa dos pais, com pouco ou nenhum confronto com a dureza do mundo real.
É a geração dos “fofinhos”, habituada a erguer bandeiras de causas que não exigem risco pessoal,
mas incapaz de encarar o sacrifício, a disciplina e a responsabilidade que fazem parte da vida adulta.

O problema não é apenas cultural: é estrutural. Uma sociedade que educa os seus jovens apenas para “ter direitos”
e não para “assumir deveres” está a fabricar fragilidade.
E um país frágil no carácter da sua juventude terá inevitavelmente um futuro mais pobre, mais dependente e mais inseguro.

O serviço militar obrigatório, tantas vezes descartado, não deveria ser visto como um anacronismo, mas como um pilar estratégico.
Em primeiro lugar, porque forma cidadãos mais resilientes: jovens que aprendem a obedecer, a liderar, a cooperar,
a superar os próprios limites. Em segundo, porque cria um vínculo com a defesa nacional, recordando que a liberdade
não é um direito adquirido mas uma conquista permanente.

Portugal vive num mundo multipolar em que as ameaças são cada vez mais complexas: terrorismo, guerras híbridas,
ataques cibernéticos, disrupções tecnológicas e até pressões migratórias descontroladas.
Num tal cenário, um exército reduzido e mal preparado é sinónimo de vulnerabilidade.
Um país sem músculo militar não tem sequer voz firme nas alianças internacionais de que faz parte.

O serviço militar obrigatório não é apenas treino de armas: é treino de vida.
Ensina a resiliência psicológica, a capacidade de reagir sob pressão, a disciplina de horários e objetivos,
e a noção de que cada indivíduo faz parte de algo maior — a defesa da comunidade.
Num mundo em que tudo é incerto e acelerado, estas são competências que valem tanto na guerra como na economia.

Mas Portugal prefere o contrário: governantes assustados com a ideia de uma juventude disciplinada e com espírito de corpo.
Mantêm-na entretida, infantilizada, dependente. Resultado: nem temos jovens prontos para o mercado global hipercompetitivo,
nem temos Forças Armadas aptas a enfrentar os riscos de um mundo cada vez mais perigoso.

O país condena-se, assim, à irrelevância — porque um povo que não prepara a sua juventude para o esforço e para a luta,
prepara-se apenas para a submissão. É urgente inverter esta tendência e compreender que a preparação militar não é apenas defesa:
é também educação para a liberdade e para a dignidade.

— Francisco Gonçalves
🌌 Fragmentos do Caos: BlogueEbooksCarrossel

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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