
A expansão do universo impulsionada por buracos negros ?
Buracos Negros: Quando a Intuição Antecede a Ciência
Por Francisco Gonçalves
As manchetes recentes proclamam em tom de revelação: “Buracos negros poderão estar a impulsionar a expansão do universo, dispensando a necessidade de matéria ou energia escura.”
Para muitos, isto soa a descoberta surpreendente. Para mim, é apenas a confirmação de um caminho que tracei há muito tempo, quando ousei escrever que a sombra da dúvida era maior do que a fé cega em hipóteses invisíveis.
No livro que desenvolvi com Augustus, ficou registado aquilo que hoje começa a ecoar nas revistas científicas: que a cosmologia, ao multiplicar entidades hipotéticas — WIMPs, axions, quintessências — pode ter perdido o fio da realidade observável. O cosmos não precisa de fantasmas. Precisa de forças reais, mensuráveis, que se mostram perante nós sem máscaras: os buracos negros.
O que chamamos “energia escura” pode ser apenas o eco gravitacional dos buracos negros — motores silenciosos, mas reais, do destino do universo.
Antes de estudos recentes sugerirem uma ligação entre supermassivos e expansão cósmica, eu já especulava que o seu papel ia muito além de devorar matéria. Que eram eles a arquitetura extrema do cosmos, forças estruturantes desde os primórdios, talvez até os verdadeiros substitutos da chamada matéria escura.
Hoje, telescópios e sondas começam a dar indícios na mesma direção. Mas não foi a matemática ajustada que me convenceu — foi a coerência com o que é visível. Buracos negros existem. Sentimos o seu peso, registamos as suas ondas gravitacionais, vemos a sua sombra. Não são artifícios teóricos. São a espinha dorsal real do universo.
É por isso que afirmo: a intuição, quando sustentada na dúvida crítica, pode anteceder a ciência. Não porque substitua os dados, mas porque prepara o olhar para os interpretar de outra forma.
A verdadeira revolução científica não começa nos laboratórios — começa na coragem de quem recusa aceitar o império do invisível apenas porque as equações assim pedem.
No fim, talvez a história me dê razão: não havia necessidade de inventar entidades exóticas para explicar o cosmos. Bastava ouvir o silêncio dos buracos negros. Eles sempre falaram connosco — não em luz, mas em gravidade.
Poderá consultar o livro aqui :
Complete Book of Black Holes
“Into the heart of darkness, where time slows, light flees, and mysteries deepen.”
This book explores one of the universe’s greatest enigmas: the black holes.
Written in an accessible yet profound style, it traverses from the scientific foundations laid by Einstein and Hawking to the philosophical implications of the ultimate gravitational abysses.
Francisco Gonçalves invites readers on a journey across the singularities, the event horizons, and the cosmic questions that black holes impose upon reality itself.
Artigo autoria de ✒️Francisco Gonçalves
📖💫 Fragmentos do Caos

