
A UE dos Burocratas sem bússola
Europa em Desvario: Bruxelas Abre Nova Frente Contra Israel
Entre Putin, Trump e o Médio Oriente, a cegueira estratégica da União Europeia
A Comissão Europeia propõe repor tarifas sobre 37% das exportações de Israel,
suspendendo parcialmente o Acordo de Associação e avançando com sanções a ministros extremistas e colonos violentos.
A União Europeia atravessa uma encruzilhada geopolítica que roça o absurdo. Com a NATO a perder coesão,
um Trump nos EUA a brincar de novo ao isolacionismo, e Putin a pressionar as portas da Europa,
seria lógico reforçar alianças estratégicas. Mas não: Bruxelas prefere abrir uma frente económica contra Israel,
fragilizando a única barreira capaz de segurar o caos no Médio Oriente.
Não se trata de absolver Israel dos seus excessos internos — extremistas, colonos violentos, ministros radicais.
Mas penalizar quase 40% das exportações é mais do que um gesto simbólico: é minar um parceiro tecnológico e militar que,
goste-se ou não, funciona como tampão perante ameaças regionais.
“Bruxelas vive num mundo paralelo de papelada, sem perceber que no mundo real os tanques não param com resoluções, mas com alianças sólidas.”
Enquanto isso, Putin esfrega as mãos. Divide et impera: o Ocidente implode nas suas próprias contradições,
e o Kremlin apenas aguarda que a máquina burocrática europeia continue a brincar às tarifas, como crianças numa feira de aldeia.
A verdade é dura: a UE não tem poder económico comparável aos EUA para sustentar políticas tarifárias agressivas.
E muito menos pode dar-se ao luxo de antagonizar um aliado crucial num tabuleiro onde cada erro estratégico pode custar décadas.
O Diagnóstico
- Bruxelas vive num mundo paralelo de burocracia e moralismo.
- A NATO perde força e liderança, corroída por divisões internas e pelo regresso de Trump.
- Israel, apesar dos seus problemas, é pilar defensivo no Mediterrâneo oriental.
- A UE repete os erros de Trump com tarifas, mas sem a mesma capacidade de manobra.
Estamos perante um descalabro anunciado. A Europa só recuperará rumo quando demitir metade desta máquina burocrática
e a substituir por competência, visão geopolítica e inteligência estratégica.
✍️ Artigo de Francisco Gonçalves com coautoria de Augustus Veritas (Lumen)

