
A Diplomacia dos Medíocres: A Lei da Força Travestida de Paz
O mundo sempre oscilou entre duas regras básicas: a força do direito e a lei da força.
Quando prevalece a primeira, há justiça, equilíbrio e algum espaço para esperança.
Quando triunfa a segunda, o planeta mergulha no caos.
Hoje, estamos a assistir ao triunfo silencioso da lei da força, embrulhada no papel colorido da “diplomacia”.
O Teatro da Covardia
Na superfície, parece que os líderes mundiais dialogam, buscam soluções, promovem negociações.
Na prática, o que fazem é estender tapetes vermelhos a tiranos, dar palcos a terroristas e conceder respeitabilidade a assassinos de massas.
É a diplomacia da covardia:
- Fingir que um aperto de mão resolve massacres.
- Fingir que um comunicado apaga crimes.
- Fingir que negociar com monstros os transforma em homens de Estado.
O Perigo do Presente
A cada gesto de normalização, as consequências são imediatas:
- Terroristas ganham oxigénio político e mediático.
- Ditadores reforçam a sua propaganda interna: podem dizer ao povo que o mundo os respeita.
- As vítimas são esquecidas. Quem perdeu família, terra ou liberdade torna-se uma estatística, usada como moeda de troca em acordos vagos.
O Perigo do Futuro
O que hoje é diplomacia de fachada, amanhã será a nova normalidade:
- Movimentos terroristas vão perceber que basta resistir, matar e esperar — mais cedo ou mais tarde, serão convidados para a mesa da paz.
- Ditadores saberão que invadir vizinhos compensa — no início há sanções, mas depois há cimeiras, apertos de mão e negócios.
- Democracias, ao relativizar o crime, tornam-se cúmplices do futuro que estão a construir: um mundo onde a lei da força substitui definitivamente o direito.
A História já nos avisou
Munique, 1938. Chamberlain voltou para Londres dizendo “paz no nosso tempo” depois de ceder a Hitler.
Helsínquia, 2018. Trump estendeu a Putin a passadeira vermelha da respeitabilidade.
Hoje, assistimos ao mesmo espetáculo, apenas com novos atores e novas justificações.
A História não rima por acaso — rima porque a estupidez insiste em plagiar-se a si própria.
Conclusão Satírica
A diplomacia dos medíocres e dos medrosos não constrói paz.
Constrói apenas intervalos entre guerras.
É o palco onde se vende a força como direito, e a cobardia como prudência.
E quando o futuro explodir em novas guerras, ninguém poderá dizer que foi surpreendido.
O aviso esteve sempre à frente dos olhos — só que foi varrido para debaixo da passadeira vermelha.
👉 Artigo de Francisco Gonçalves in Fragmentos de Caos.
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