Democracia e Sociedade

🎭 “Sócrates – A Tragédia em Sete Cartórios”

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Uma tragicomédia em atos, golpes e silêncios judiciais

Ato I – O Filho da Nação
Entra Sócrates, altivo, empoleirado nas escadarias do Parlamento.
Com um sorriso ensaiado e olhar de actor em telenovela venezuelana, declara:

“Vim para servir Portugal… e talvez também a mim próprio, com uma conta jeitosa em Paris.”

Os figurantes – jornalistas crédulos, banqueiros bajuladores, e empresários famintos – aplaudem de pé.

Ato II – O Benemérito da Troika
Em cena, uma tábua orçamental e três homens da troika, de lápis na mão e cenho franzido.
Sócrates, de braço dado com a dívida pública, apresenta-lhes o país hipotecado:

“Podem entrar. Está tudo em ordem. Excepto a justiça, o sistema fiscal, a banca e… a vergonha.”

Ato III – O Exílio Parisiense
Com o cenário a mudar para um loft em Paris e um armário recheado de fatos pagos com dinheiro sem recibo, o herói refugia-se no estrangeiro.

“É apenas uma pausa para reflexão… e para lavar, centrifugar e secar alguns fundos.”

Ato IV – O Regressado Maldito
Entra pela calada da noite, mas é recebido por um carro da PJ e um juiz com insónias.
O povo, entre estarrecido e pasmado, pergunta:

“Mas este não é aquele que dizia que era pobre, mas com estilo?”

Ato V – A Ópera do Ministério Público
O palco transforma-se num labirinto jurídico.
Sócrates tem 12 advogados, 8 contraditórios, 3 recursos e um motorista com mais contas que o BES.

“Isso não é meu, foi um amigo que me ofereceu uma fortuna só porque gosta muito de mim!”

Ato VI – O Mártir em Bruxelas
Num cenário europeu, Sócrates apresenta-se de toga e crucifixo nas mãos, queixando-se de perseguição, injustiça e azia.

“Portugal violou os meus direitos humanos! Onde já se viu acusar um político em democracia?”

Ato VII – A Nauseabunda Apoteose
O pano cai lentamente, mas o cheiro a impunidade permanece no ar.
No público, uns vomitam, outros adormecem. E outros, os mais cínicos, dizem:

“Ainda o vamos ver a comentar política na televisão. Ou pior… a voltar!”


🎭 Moral da tragicomédia:

Em Portugal, os verdadeiros palhaços não usam nariz vermelho. Usam gravata, têm bons advogados e gastam milhões que nunca foram deles. E no fim, ainda nos dizem com ar compungido que foram vítimas.


Artigo de Augustus Veritas

Uma tragicomédia, ao estilo de um teatro popular com cheiro a povo e sabor a verdade, encenado no palco lusitano dos absurdos. 🎭

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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