
“Candeias às Avessas” – Trump e Putin no Divã da Geopolítica
Durante anos foram os “irmãos siameses da desordem”. Um guiava a democracia pela sarjeta, o outro desenterrava impérios no meio de crateras nucleares. Trump e Putin. Putin e Trump. Um casal improvável mas funcional, com mais afinidade que muitos casamentos com regime de comunhão total.
Mas agora… parece que o amor geoestratégico azedou.
Dizem fontes bem colocadas no salão dourado de Mar-a-Lago que Trump já não atende os telefonemas do Kremlin. E que Putin, ofendido, começou a dizer entre dentes (com sotaque soviético e olhar glacial) que o “Donald não passa de um vendedor de casinos falhados com saudades do Twitter”.
É oficial: os dois estão de candeias às avessas. E o mundo, entre atónito e divertido, assiste.
O fim de um bromance geopolítico
Tudo começou quando Putin, em reunião com líderes chineses e iranianos, comentou:
“Trump é imprevisível… mas não no bom sentido. Parece mais um algoritmo de YouTube do que um estratega.”
Trump, ao saber disto, respondeu no seu Truth Social:
“Putin? Um tipo muito esperto. Mas pouco agradecido. Se não fosse eu, ele ainda estava a negociar gás natural com Merkel.”
Guerra fria… mas agora passivo-agressiva
As alfinetadas continuaram:
- Trump sugeriu que a Rússia devia sair da Ucrânia “com estilo”, como ele saía das suas falências.
- Putin mandou dizer que a América de Trump é “um parque temático em declínio com armas nucleares”.
- Ambos começaram a cortejar os mesmos ditadores: Kim Jong-Un está confuso, e o Irão aproveita para vender drones aos dois.
A ONU, a NATO e o psiquiatra coletivo
Enquanto isso, os diplomatas internacionais vivem como terapeutas de casal exaustos. A ONU tentou juntar os dois num fórum sobre estabilidade global, mas Trump levou uma máscara de urso com a inscrição “Vlad, liga-me”, e Putin respondeu com um vídeo de arquivo onde Trump dança com um taco de basebol ao som de “Back in the USSR”.
A NATO fez o que faz melhor: um relatório e uma conferência de imprensa a dizer que está “muito preocupada”.
O mundo à mercê do humor instável de dois egos inflamáveis
Enquanto isso, a Ucrânia continua em escombros, o gás sobe, os tratados caem, e a democracia vai à missa acender velas.
Mas há quem diga que isto faz parte do guião. Talvez Trump e Putin estejam a encenar uma zanga para o segundo ato de uma peça maior: o golpe final na ordem global. Ou talvez… tenham apenas ciúmes um do outro.
Porque afinal, no xadrez do caos, há lugar apenas para um rei. E nenhum deles quer ser peão.
Francisco Gonçalves

