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Portugal: Um Estado que falha aos cidadãos, e isto confirmado pela Transparência Internacional

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Em mais uma confirmação oficial da decadência sistémica do regime português, a Transparência Internacional Portugal (TI-PT) veio a público criticar severamente o Programa do Governo da Aliança Democrática (AD), classificando-o como um documento sem “salto qualitativo” na luta contra a corrupção. Segundo a organização, aquilo que deveria ser um plano ambicioso, claro e monitorizável para enfrentar um dos problemas mais enraizados do Estado português, tornou-se apenas mais um compéndio de promessas vagas.

“Eram esperados compromissos mais claros, monitorizáveis e ambiciosos nesta matéria”, defendeu a TI-PT, apontando falhas graves e sistémicas.

A palavra “falhas” é aqui generosa. O que está em causa é a perpetuação de um sistema que se alimenta da opacidade, do compadrio e da impunidade. A corrupção em Portugal não é uma aberração, mas uma prática estrutural. Desde as nomeações partidárias às obras públicas adjudicadas com critérios obscuros, passando pelas “consultadorias” de conveniência e pelos silêncios comprados, o padrão repete-se.

O relatório da TI-PT não é apenas uma crítica; é uma certidão de falência ética do Estado português. É a confirmação de que vivemos num Estado capturado, onde os mecanismos de fiscalização foram neutralizados por interesses transversais aos partidos do arco do poder.

Num país onde os denunciantes ainda arriscam retaliações e isolamento, onde os tribunais são lentos e politizados, onde os organismos de controlo dependem de nomeações partidárias, exigir “mais ambição” no combate à corrupção é o mesmo que pedir à raposa para proteger o galinheiro.

Portugal não é apenas um Estado que falha. É um Estado que finge que quer deixar de falhar, enquanto garante que tudo continue igual. E é por isso que todos os que ainda têm voz, consciência e coragem devem continuar a denunciar, escrever, replicar e iluminar.

Porque o silêncio, esse sim, é que seria criminoso.

Artigo de Francisco Gonçalves in Fragmentos de Caos

Portugal: Um Estado que Falha aos cidadãos, confirmado pela Transparência Internacional

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Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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