
🇵🇹 Democracia Fantoche: A Herança de Sócrates e o Silêncio que Mata
“Uma democracia moderna não pode permitir uma história como a de José Sócrates.” — Henrique Neto
Portugal assiste, mais uma vez, àquele que talvez seja o maior teatro de impunidade alguma vez encenado num tribunal europeu: o julgamento de José Sócrates.
Henrique Neto, industrial, ex-deputado e uma das vozes mais lúcidas da política portuguesa, disse-o sem hesitação:
“Uma democracia moderna não pode permitir uma história como a de José Sócrates.”
E tem razão. Porque quando um primeiro-ministro, com responsabilidades máximas no destino de um país, é acusado de corrupção passiva, branqueamento de capitais e fraude fiscal — e continua a desfilar nos media como se fosse um mártir da liberdade —, o que está em causa já não é apenas o réu. É o regime.
🎭 A farsa
A justiça portuguesa, engasgada em formalismos, medos institucionais e arrastamentos processuais, parece incapaz de lidar com figuras poderosas.
Não por falta de provas — mas por excesso de hesitações.
E é assim que a democracia se transforma numa farsa operada por fantoches bem vestidos e protegidos por leis feitas à medida.
Enquanto Sócrates insulta juízes, nega tudo com pose de estadista e proclama inocência divina, os cidadãos honestos esperam há mais de uma década por justiça. Esperam… mas já não acreditam.
🧠 Democracia não é só votar
Eleger não basta.
Uma democracia moderna vive da confiança nas instituições, na transparência e na responsabilização dos que erram — sobretudo quando têm poder.
Quando há escândalo, mas não há consequência…
Quando há milhões desviados, mas ninguém preso…
Quando os inocentes pagam e os culpados escrevem crónicas…
Então já não temos uma democracia. Temos um simulacro.
⚠️ E o maior perigo?
O maior perigo é o cansaço cívico.
É o povo que já nem se indigna.
É o eleitor que diz “são todos iguais”.
É o jovem que desiste de votar.
É o silêncio que se instala como norma.
É a mentira repetida até se tornar cómoda.
🔚 Conclusão
O caso de José Sócrates não é uma exceção. É o espelho de um país que se habituou a ajoelhar perante os seus carrascos políticos.
Henrique Neto teve a coragem de dizê-lo.
Agora cabe-nos a nós ter a coragem de não esquecer.
Porque quem perdoa a corrupção institucionalizada, trai a democracia.
✍️ Francisco Gonçalves
Editor, Fragmentos de Caos
Porque o silêncio é o maior cúmplice da podridão
“Em Roma, não se pagava a traidores.
Em Portugal, paga-se bem — com cargos, favores e silêncio comprado.
Aqui, a traição é carreira. A corrupção, currículo. E o povo… é o patrocinador involuntário da vergonha.”
— Fragmentos de Caos

