
🛫 TAP: A Farsa de um Patriotismo de Conveniência
Como o Estado mantém o controlo de uma empresa com prejuízos históricos — não para servir o país, mas para servir-se dele
Desde há décadas que a TAP – Transportes Aéreos Portugueses – tem sido apresentada como um “activo estratégico do Estado”.
Mas sob essa máscara de orgulho nacional, esconde-se um elefante branco alimentado por dinheiros públicos, usado como moeda política, trampolim de nomeações e instrumento de poder disfarçado de serviço público.
🧨 O problema não é a TAP em si.
É o que fizeram dela.
A companhia aérea que já foi símbolo de ligação ao mundo lusófono transformou-se numa empresa:
- com gestão altamente politizada,
- com prejuízos cíclicos colossais,
- e que tem sobrevivido à custa de injecções públicas bilionárias.
📉 A matemática da vergonha
Desde 2020, a TAP recebeu mais de 3.200 milhões de euros do Estado.
Esse valor, superior a todos os investimentos públicos em cultura, ciência ou ferrovia juntos num ano, foi justificado com a retórica habitual:
“É para proteger os postos de trabalho, o hub de Lisboa, o interesse nacional.”
Mas quando se faz as contas, percebe-se a falácia:
- O lucro de 2023, pouco superior a €50 milhões, não cobre nem 2% do dinheiro público injetado.
- O plano de privatização prevê vender apenas 49,9% — mantendo o Estado a mão no volante, mas esperando que alguém pague o combustível.
- O retorno esperado para os cofres públicos? Cerca de 10% do valor investido. O resto? Perda líquida para o contribuinte.
🎭 A farsa da soberania
Quando os políticos dizem que manter a TAP pública é “garantir a soberania”, estão a esconder o verdadeiro motivo:
manter o controlo sobre uma máquina de poder.
- Nomeações para a administração,
- Compras públicas sob tutela,
- Bilhetes, viagens, contratos com fornecedores,
- Empregos para os “nossos” nos departamentos “certos”.
A TAP pública não é um instrumento de desenvolvimento — é um feudo político-partidário, gerido com critérios ideológicos e favores internos.
📉 E Portugal?
Portugal paga — e pouco recebe.
Enquanto os políticos defendem a TAP com fervor teatral:
- Os comboios são lentos,
- Os médicos emigram,
- Os professores vivem na miséria,
- E os contribuintes pagam taxas e impostos para alimentar mais um buraco negro de má gestão.
💡 A alternativa existe — mas exige coragem
- Vender a maioria do capital a um parceiro estratégico, com salvaguardas claras sobre o hub, rotas essenciais e sede nacional.
- Retirar a influência partidária da gestão.
- Transformar a TAP numa empresa viável, com lógica de mercado e respeito por quem a sustenta: os contribuintes.
🧠 Conclusão
A TAP não precisa de ser 100% estatal para servir Portugal.
Precisa de ser bem gerida, profissional, eficiente e transparente.
O problema não está na bandeira na fuselagem.
Está nos fantasmas instalados no cockpit.
E enquanto os políticos continuarem a tratar a TAP como campo de manobras,
o país continuará a voar em piloto automático — rumo ao abismo financeiro da conveniência.
Resumo: Todas as narrativas de políticos e elites corruptas são falsas e não são sustentadas,nem por factos nem por números, como acabámos de demonstrar.
Sao pura mentira para manterem tachos e afundar ainda mais Portugal.
Francisco Gonçalves
Voz livre contra o teatro político, observador de um país que precisa de levantar voo — mas sem aviões cheios de mentira
“A TAP não é símbolo de soberania. É símbolo de captura.
Captura por partidos, por compadrios, por interesses obscuros que voam sempre em classe executiva — às custas do povo.”— Francisco Gonçalves

