Sociedade e politica,  Sociologia

Democracia Representativa: O Teatro do Mundo Morto

Vivemos num planeta onde a palavra “democracia” é usada como senha de entrada para o circo do poder.
Mas a verdade é que as democracias representativas já não representam os povos.
Servem antes os donos do tabuleiro — os monopólios transnacionais, os fundos especulativos, os conglomerados que mandam nos dados, nos alimentos, na energia, na informação e, claro, nas decisões.

O parlamento? Um palco de bonecos articulados.
Os governos? Agências regionais de gestão do capital global.
As eleições? Rituais anestésicos de validação de um sistema que já não responde aos cidadãos.


A ilusão democrática

O cidadão moderno continua a votar,
mas já não decide.
Continua a pagar impostos,
mas já não beneficia.
Continua a viver,
mas já não governa nada do que o rodeia.

As democracias representativas converteram-se em instrumentos de captura do Estado por interesses privados — e os seus representantes são geridos como ativos de marketing: falam bonito, prometem tudo, entregam nada.


Povos exaustos, elites entronizadas

Enquanto isso, os povos estão exaustos, pobres, divididos e desiludidos.
A maioria sobrevive entre salários indignos, rendas incomportáveis, filas nos hospitais e escolas em ruínas.
Mas os lucros das grandes empresas batem recordes.
As bolsas celebram.
E os políticos aplaudem — entre jantaradas com banqueiros e fotos em Davos.

É o triunfo do absurdo.
Do “progresso” que deixa milhões para trás.
Da liberdade de mercado que escraviza.
Da “governação democrática” que ignora os próprios governados.


A hora de dizer basta

A democracia representativa não está doente.
Está capturada.
Está rendida.
Está morta para os povos — viva apenas para os seus donos.

É tempo de dizer basta.
É tempo de reivindicar uma democracia real, direta, participativa, livre de partidos-monopólio, onde o cidadão volte a ser soberano.

Ou fazemos isso —
ou seremos apenas mais um exército de descartáveis num planeta privatizado.

Francisco Gonçalves
(Fragmentos do Caos)


Créditos para IA, DeepSeek e ChatGPT, (c)

Imagens cortesia de OpenAI (c)

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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