Corrupção,  Nepotismo

🚨 300 Inspetores, 1 Vergonha Nacional

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Portugal, onde o crime veste fato, assina protocolos e chama-se projeto europeu

Hoje, a Polícia Judiciária e a Procuradoria Europeia invadiram Portugal — não com tanques, mas com mandados.
Mais de 300 inspetores fizeram buscas em Lisboa, Porto, Coimbra, no INEM, na Universidade do Porto, na Casa da Música, na Brisa, na Via Verde, em centros informáticos e até no Banco de Portugal.

O motivo?
Roubo.
Fraude.
Corrupção.

O alvo?
O Plano de Recuperação e Resiliência — o famoso “PRR”, a bazuca europeia que veio salvar o país… e que alguns usaram para saquear à grande e à francesa, à portuguesa.


🧱 O problema não é novo. É sistémico.

Portugal tornou-se um barril de projetos financiados e de bolsos cheios.
Comissões atrás de comissões, avenças de consultores, empresas de fachada com nomes ingleses e logótipos bonitos — tudo muito “transparente”, desde que ninguém olhe para os contratos.

Este é o país onde:

  • Se escreve “transformação digital” e lê-se adjudicação sem concurso.
  • Se escreve “inovação” e lê-se consultoria ao amigo do partido.
  • Se escreve “resiliência” e lê-se bónus, iPhones e jantares institucionais.

🩸 E o povo?

Está nas filas das urgências.
Está à espera de uma ambulância que não vem.
Está a viver com salários de miséria e a pagar impostos como se fosse acionista da Galp.

Mas enquanto o país geme, há quem voe em classe executiva com dinheiro do PRR para “missões de cooperação interinstitucional”.


🧠 O que estas buscas revelam?

  • Que o país é saqueado à mesa, com convites de gala e contratos adjudicados por ajuste direto.
  • Que o sistema sabe — mas só age quando as denúncias ultrapassam a vergonha tolerável.
  • Que os milhões da Europa, entregues para reconstruir um país pós-pandemia, foram transformados em festim de consultores, reitores e administradores de instituições públicas e privadas.

🧨 Conclusão: O verdadeiro “Estado de Emergência” é moral

Portugal não precisa de mais fundos — precisa de vergonha.
Não precisa de mais leis — precisa de aplicá-las a quem manda.

A entrada de 300 inspetores é um sinal de que algo ainda pulsa.
Mas se no fim tudo acabar em prescrições, suspensão provisória de processos e “ausência de indícios suficientes”,
então teremos assistido apenas a mais um espetáculo pirotécnico numa democracia envergonhada.


Francisco Gonçalves
Cronista de um país em coma cívico — mas ainda com pulsos de lucidez

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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