Corrupção,  Justiça e Democracia,  Nepotismo

⚖️ A Justiça Que Só Funciona Contra Quem Não Pode Pagar a Defesa

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Quando o advogado do sistema se transforma em voz da mentira institucional

Lisboa, julho de 2025.
Num momento em que o país está farto, exausto e enojado com o estado da justiça, eis que surge — como sempre — o advogado do sistema, de fato engomado e sorriso de cartilha, a dizer:

“A perceção do povo sobre os processos mediáticos está errada. A justiça funciona.”

Funciona?
Sim, funciona.
Mas só para alguns.


🧱 O que o povo vê — e eles fingem não ver:

  • José Sócrates, acusado de corrupção e branqueamento, insulta magistrados em tribunal e sai de cabeça erguida.
  • Ricardo Salgado, condenado… mas a dormir em casa com pulseira eletrónica e privilégio garantido.
  • Políticos apanhados em escutas, em esquemas, em negociatas — todos livres, todos ilesos.

👨‍⚖️ Se um cidadão comum:

  • Faltar a um pagamento do IMI → penhora.
  • Gritar com um funcionário público → queixa por desacato.
  • Estacionar mal num dia de sorte → multa e bloqueador.

Mas se fores um ex-primeiro-ministro com amigos no topo?
Podes rir-te da justiça. Podes encenar.
Podes cuspir no sistema — e ele limpa-te a cara.


🧠 O que este advogado não entende — ou finge não entender

A justiça não se mede por códigos.
Mede-se por consequências.
E neste país, as consequências só existem para quem não tem como evitá-las.

Quem defende um sistema que permite a Sócrates arrastar processos durante 10 anos, ofender magistrados e fugir por becos processuais, não é jurista — é cúmplice.


🔚 Conclusão: Quando a toga vira cortina

A toga que devia simbolizar justiça, tornou-se cortina de um teatro decadente.
E os atores principais são sempre os mesmos: políticos, banqueiros, empresários de luxo e advogados de palanque.

Ao povo, resta o aplauso mudo — ou a indignação.

E é por isso que escrevemos.
Porque já chega deste circo jurídico onde o leão dorme, o juiz assiste… e o palhaço cospe no público.


Francisco Gonçalves
Cidadão que ainda acredita que justiça sem coragem é apenas encenação.


Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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