Sociedade e politica

O Suicídio Energético de Portugal


Em plena crise energética europeia, provocada pela guerra na Ucrânia e pela instabilidade dos mercados globais, Portugal tomou uma decisão histórica — mas profundamente errada.
Enquanto países como Alemanha, França, Espanha e Polónia reativaram centrais a carvão e reforçaram as suas capacidades de produção interna para garantir segurança energética, Portugal decidiu encerrar as suas últimas centrais térmicasSines e Pego.

Sob o pretexto de um “ambientalismo exemplar”, os governantes portugueses optaram por agradar a Bruxelas e à propaganda verde, sacrificando a soberania energética nacional.
Uma decisão simbólica, frágil e suicida.


O Que Perdemos

Com o fecho das centrais térmicas:

  • Perdemos capacidade de produção rápida em situações de emergência;
  • Ficámos ainda mais dependentes das redes europeias, interligadas e vulneráveis;
  • Entregámos a nossa estabilidade energética aos humores dos mercados e às decisões de outros governos.

Enquanto outros países se protegeram, Portugal ajoelhou-se à narrativa europeia, ignorando o cenário geopolítico real.


A Ilusão Verde

Não se trata de negar a necessidade da transição energética.
Mas uma transição séria exige planeamento, alternativas seguras e autonomia real.
O que Portugal fez foi desligar-se da tomada da soberania, confiando cegamente na boa vontade dos vizinhos e nos preços do mercado livre — como se o mundo fosse um lugar estável e justo.


Quem Paga a Fatura?

Se houver nova crise — energética, política ou cibernética — Portugal será um dos primeiros a cair.
Sem margens de manobra, sem capacidade interna de resposta, ficaremos à mercê de importações caras e instáveis.
E a fatura recairá, como sempre, sobre o povo.

Na luz das velas, os mesmos políticos dirão que ninguém previu.
Mas tu e eu sabemos: isto foi previsto. Isto foi avisado. Isto foi permitido.


Conclusão

Portugal cometeu um erro histórico.
Fechou as suas centrais térmicas sem rede de segurança.
Fez-se escravo energético em nome de um ambientalismo sem autonomia.
E quando a próxima tempestade chegar, será tarde demais para ligar as máquinas de volta.

Francisco Gonçalves
(Fragmentos do Caos)



“Portugal desligou as suas últimas centrais térmicas não por estratégia, mas por vaidade política. Quando a próxima crise chegar, será tarde demais para acender a luz da responsabilidade.”
— Francisco Gonçalves


Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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