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O PCP, a Entrevista e o Velho Fantasma da Intolerância
A recente entrevista conduzida por José Rodrigues dos Santos ao secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, transmitida no Telejornal da RTP, causou uma onda de indignação dentro do partido comunista. A entrevista, que deveria servir como espaço para os partidos com assento parlamentar exporem as suas ideias eleitorais, centrou-se maioritariamente na guerra da Ucrânia — tema que, previsivelmente, colocou o PCP em posição defensiva, dadas as suas conhecidas posições sobre o conflito e sobre a NATO. A reação do PCP foi imediata e veemente: acusou a RTP de provocação e anunciou, nas redes sociais, que irá acionar “todos os meios legais” contra a estação pública de televisão. Numa linguagem carregada de…
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Portugal: Tão Perto no Mapa, Tão Distante no Desenvolvimento
Portugal, país de belas paisagens e de um povo resiliente, continua a viver num ciclo vicioso de estagnação, preso a um modelo económico e institucional que parece ter congelado no tempo. Apesar da sua localização privilegiada na Europa Ocidental e do acesso a instrumentos financeiros e tecnológicos modernos, o país teima em não se reinventar. As causas são profundas, enraizadas numa cultura de favorecimento, ineficiência e falta de verdadeira meritocracia. Um Estado refém de interesses Vivemos num país onde as ideias são muitas vezes vistas como ameaças e os inovadores tratados como subversivos. Em vez de se valorizarem os cidadãos que pensam fora da caixa, promove-se a manutenção de esquemas…
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Montenegro, Costa e o espelho de uma democracia repetitiva
Num momento em que Portugal atravessa mais uma crise política, a comparação entre Luís Montenegro, atual líder do PSD, e figuras como António Costa e José Sócrates, ambos do PS, tornou-se inevitável. No entanto, o mais surpreendente não é a comparação com Sócrates, cuja imagem pública está profundamente marcada por escândalos judiciais e suspeitas de corrupção. A comparação mais inquietante, feita por vozes críticas da sociedade civil e até da oposição, é com António Costa — um político habilidoso, aparentemente moderado, mas que, tal como Montenegro, soube proteger-se com as ferramentas do poder enquanto navegava pelas águas turvas da política. Mudam os nomes, mantêm-se os métodos Luís Montenegro ascendeu à…
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O Mar Português: O Ouro Azul do Século XXI
Por Augustus Portugal é um país voltado para o Atlântico. A sua costa estende-se por mais de 900 quilómetros, mas o seu verdadeiro tesouro encontra-se para além da linha do horizonte: a Zona Económica Exclusiva (ZEE) portuguesa é uma das maiores da Europa, com cerca de 1,7 milhões de km², sendo ainda potencialmente alargável com a proposta de extensão da plataforma continental. Durante séculos, os portugueses foram navegadores, pescadores e exploradores dos oceanos. Hoje, num mundo em mudança e em busca de soluções sustentáveis, é imperativo que Portugal se reconcilie com o seu mar, não como passado glorioso, mas como futuro estratégico. I. O Mar como Pilar da Nova Economia…
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Por Uma Europa dos Cidadãos: o Sonho de Uma União Política Verdadeira
Numa era de cinzentismo burocrático, populismos disfarçados e democracias adormecidas, urge levantar a voz. Não uma voz nacional, tribal ou partidária — mas a voz de quem sonha com uma Europa viva, livre, justa. Uma Europa, finalmente, dos cidadãos. Portugal, terra de navegadores e poetas, é talvez o berço ideal para lançar este grito ao continente: está na hora de cumprir a promessa não concretizada da União Europeia. Está na hora de dar-lhe uma alma. A União Inacabada A União Europeia, tal como existe, é um prodígio técnico — mas uma orfandade política. Avançou na moeda, no mercado comum, na mobilidade. Mas esqueceu a alma comum, a voz coletiva, o…
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O Discurso final de Charlie Chaplin em “O Grande Ditador”
A transcrição integral do discurso final de Charlie Chaplin em O Grande Ditador. Discurso Final – O Grande Ditador (1940) (proferido pelo barbeiro judeu, confundido com o ditador Hynkel) “Lamento, mas eu não quero ser imperador. Não é esse o meu ofício.Não quero governar nem conquistar ninguém.Gostaria de ajudar toda a gente — judeus, gentios, negros, brancos.Todos queremos ajudar-nos uns aos outros. Os seres humanos são assim.Queremos viver para a felicidade do próximo, não para o seu sofrimento.” “Não queremos odiar nem desprezar ninguém.Neste mundo há lugar para todos e a Terra é rica e pode prover a todos.A vida pode ser livre e bela, mas perdemo-la.” “A cobiça envenenou…
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O Que Pode o Povo Fazer Perante uma Democracia Amputada e Armadilhada?
por Augustus Fernandes Portugal vive aprisionado num sistema democrático que se afastou do seu povo. Apesar da aparência de pluralismo, a realidade é de captura do Estado por interesses partidários, clientelares e económicos. O povo vota, mas raramente escolhe; contribui, mas raramente beneficia. Perante este cenário, muitos perguntam-se: o que fazer? 1. Despertar a Consciência Cívica A maior prisão é a ignorância. A libertação começa pelo conhecimento e pela consciência crítica. Um povo que compreende as engrenagens do poder torna-se imune ao engano. 2. Exigir o Aprofundamento da Democracia O artigo 1.º da Constituição diz que a soberania reside no povo. O artigo 115.º abre caminho à democracia direta. Não…
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Manifesto Presidencial – Portugal: Reconstruir a Esperança, Honrar a Democracia
Portugal: Reconstruir a Esperança, Honrar a Democracia Por um Presidente livre, exigente e com coragem cívica. 1. Defender e Honrar a Constituição Como guardião supremo da Constituição, assumo o compromisso inabalável de velar pelo seu cumprimento e pelo respeito dos direitos fundamentais dos cidadãos. Cada norma, cada decreto e cada medida política será escrutinada sob o prisma da justiça, da ética e do bem comum. A Constituição não pode ser apenas um símbolo: é um contrato de confiança com os portugueses. 2. Reconciliar os Portugueses com a Democracia Portugal vive um défice de confiança. A abstenção galopante e a apatia política revelam um povo desiludido. Como Presidente, abrirei as portas…
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Plano de Ação para o SNS: 2025-2030
Plano de Ação para o SNS: 2025-2030 – Rumo à Saúde com Dignidade e Eficiência 1. Reforço da Gestão e Transparência 2. Valorização dos Profissionais de Saúde 3. Melhoria do Acesso e Redução das Listas de Espera 4. Investimento e Descentralização 5. Parcerias Público-Privadas com Regras Claras 6. Educação e Literacia em Saúde Por : Francisco Gonçalves Créditos para IA, DeepSeek e chatGPT (c)
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Manifesto por uma Democracia Direta em Portugal
“Pelo povo, com o povo, para o povo.” 1. Introdução Portugal vive uma crise profunda de representação e legitimidade. A abstenção ultrapassa os 50%, a confiança nas instituições políticas é mínima, e os escândalos de corrupção minam, dia após dia, a fé dos cidadãos na democracia representativa. Chegou o tempo de uma mudança estrutural. A resposta não está em mais do mesmo, mas num novo modelo: uma Democracia Direta, cidadã, transparente, descentralizada e digital. 2. Porquê uma Democracia Direta? 3. Os Seis Pilares da Nova Democracia Portuguesa 1. Soberania Popular Total O povo será o órgão supremo de decisão em todas as matérias estruturantes. Leis fundamentais, orçamentos do Estado, reformas…