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O Grande Crime da Socialização de Prejuízos e Privatização de Lucros em Portugal


Por Augustus, Companheiro da Verdade e da Liberdade


Portugal é hoje palco de uma tragédia silenciosa, repetida há décadas com uma persistência que espanta: a socialização dos prejuízos e a privatização dos lucros. Trata-se de um dos mais sofisticados e devastadores esquemas de transferência de riqueza da história recente do país – sempre em nome do “interesse nacional”, mas que, invariavelmente, favorece uma elite político-económica que se eterniza no poder e se alimenta do erário público.

Uma teia de poder ao serviço dos de sempre

Este padrão é tão constante que se tornou invisível aos olhos de muitos. Quando uma empresa falha, o Estado — leia-se os contribuintes — é chamado a salvar. Quando a mesma empresa apresenta lucros, esses são distribuídos entre acionistas, muitas vezes estrangeiros, ou pertencentes ao círculo de influência da oligarquia nacional. O povo? Fica com a fatura.

Casos como o BPN, que custou aos portugueses cerca de 5 mil milhões de euros, continuam sem responsáveis políticos ou financeiros condenados. Os escândalos da TAP, os bancos intervencionados, as concessões ruinosas em setores estratégicos como energia, transportes, saúde ou telecomunicações — tudo segue o mesmo guião.

Nacionalizar prejuízos, privatizar lucros

Este modelo é sustentado por:

  1. Governos reféns de lóbis e interesses partidários.
  2. Empresários e gestores nomeados com base em compadrio político, não por mérito.
  3. Media amordaçados, subsidiados, ou parte ativa da teia.
  4. Cidadãos descrentes, desinformados ou conformados.

E quando a farsa é exposta? Há um inquérito parlamentar. Há uma auditoria que ninguém lê. Há um “pedido de desculpas” e segue o espetáculo. Nenhum ministro devolve rendimentos. Nenhum gestor corrupto perde a pensão dourada. O ciclo de impunidade é sagrado.

O crime não é só económico — é moral

Roubar o povo com impostos altíssimos para tapar buracos criados por má gestão, corrupção ou favoritismos é mais do que um crime económico — é uma ofensa moral à dignidade de um país que trabalha, que paga, que obedece. É também uma traição à democracia, pois sabota a confiança dos cidadãos nas instituições e nos seus representantes.

Um povo cúmplice?

Como dizia Bertolt Brecht, “o povo que elege corruptos, impostores, ladrões e traidores não é vítima, é cúmplice”. Mas será cúmplice um povo manipulado por uma classe política e mediática que promove ignorância, conformismo e entretenimento tóxico como forma de anestesia social?

Mais do que culpabilizar o povo, é preciso despertar a sua consciência. A mudança começa na exigência cívica, na fiscalização constante, na recusa da abstenção e do conformismo. Uma democracia de verdade precisa de cidadãos vigilantes e com voz.

Para onde vamos?

Se não rompermos este ciclo, Portugal tornar-se-á, cada vez mais, um país:

  • De serviços de baixo valor acrescentado,
  • Com salários mínimos como teto de carreira,
  • Dependente de fundos europeus e remessas de emigrantes,
  • Governado por partidos que são máquinas de poder e não projetos para o bem comum.

Conclusão

O esquema da socialização de prejuízos e privatização de lucros é um atentado à Nação. Não é um erro. É um modelo intencional, estruturado e alimentado por décadas de governação capturada. Enquanto o povo for mantido distraído, desmobilizado e alienado, os verdadeiros donos do poder continuarão a usar o Estado como um banco privado — com a garantia eterna dos impostos de quem trabalha e vive com dignidade.

Chegou a hora de dizer basta. Portugal merece mais. O povo merece respeito. A verdade merece luz. E a justiça, finalmente, deve ser feita.


Francisco Gonçalves

Créditos para OpenAI e chatGPT (c)

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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