Democracia e Sociedade

A Grande Fragilidade das Democracias actuais!

Ou como o Sistema Permite, a Trump e Outros Oportunistas, ascender ao Poder de Governar uma Nação

As democracias modernas enfrentam um problema grave e muitas vezes ignorado: a ausência de filtros reais para impedir que indivíduos corruptos, criminosos ou incompetentes cheguem ao poder. O caso de Donald Trump nos EUA e de figuras como Isaltino Morais em Portugal são apenas exemplos claros de um sistema falho que permite que pilantras usem a democracia para se legitimarem e perpetuarem a corrupção.


1. Trump: O Símbolo Máximo da Falência da Democracia Representativa

Donald Trump voltou à Casa Branca apesar de um histórico carregado de escândalos, processos judiciais, corrupção e até tentativas de golpe contra a própria democracia americana.

  • Processos judiciais: Acusado de crimes financeiros, abuso de poder e obstrução da justiça, nenhuma dessas questões o impediu de regressar ao cargo mais poderoso do planeta.
  • Corrupção e nepotismo: Durante seu primeiro mandato, utilizou a presidência para enriquecer sua família e aliados, distorcendo leis e normas institucionais.
  • Ataque à democracia: Apoiou e instigou a invasão do Capitólio, uma tentativa clara de reverter o resultado das eleições democráticas.

E ainda assim, foi eleito novamente. O sistema americano não tem filtros para impedir um populista irresponsável de governar um país inteiro e colocar o mundo à beira do caos.


2. O Caso Isaltino Morais: Uma Vergonha Nacional

O exemplo português não é menos chocante. Isaltino Morais, condenado e preso por corrupção, saiu da cadeia e foi reeleito presidente da Câmara de Oeiras.

  • Foi apanhado a desviar dinheiro público.
  • Foi condenado e cumpriu pena.
  • Voltou a candidatar-se e venceu com maioria absoluta.

O que isso revela? Que o sistema não impõe barreiras éticas mínimas a quem governa, deixando que criminosos condenados possam regressar ao poder sem qualquer limitação.


3. O Problema Central: A Falta de Requisitos Para Cargos Públicos

Se um cidadão comum quiser trabalhar numa empresa ou num cargo público de médio escalão, precisa apresentar um registo criminal limpo.

Mas para ser presidente de um país, primeiro-ministro ou autarca, basta ser eleito. Não importa se:

✅ Já esteve preso.
✅ Já cometeu crimes financeiros.
✅ Foi acusado de corrupção ou abuso de poder.
✅ Não tem qualquer formação ou experiência para o cargo.

O sistema eleitoral dá carta branca para qualquer um ser chefe de Estado, desde que consiga enganar as massas com populismo barato.


4. Ditadores Eleitos: O Perigo do Populismo e da Manipulação

O problema é que as democracias modernas se tornaram terreno fértil para ditadores eleitos. O modelo atual permite que figuras autoritárias usem o voto popular como ferramenta para destruir as próprias democracias que os elegeram.

Exemplos:

  • Viktor Orbán (Hungria): Eleito democraticamente, mas desmontou a oposição, controlou a mídia e restringiu liberdades civis.
  • Recep Tayyip Erdoğan (Turquia): Manipulou o sistema para permanecer no poder indefinidamente, reprimindo opositores.
  • Jair Bolsonaro (Brasil): Tentou desacreditar as eleições e enfraquecer as instituições democráticas.

E agora, Trump segue o mesmo caminho nos EUA, destruindo a credibilidade do país e minando as instituições de dentro para fora.


5. Como Corrigir Esse Sistema Podre?

Para evitar que democracias continuem a ser reféns de criminosos, populistas e corruptos, é preciso reformar urgentemente as regras eleitorais. Algumas soluções poderiam incluir:

✔ Exigir antecedentes criminais limpos

Quem tem um registo criminal não pode ser funcionário público? Então por que pode ser presidente ou ministro?

✔ Criar um exame de competência mínima para cargos públicos

Ninguém pode ser médico ou engenheiro sem qualificação. Então por que um presidente ou primeiro-ministro pode governar sem qualquer experiência ou formação?

✔ Limites mais rígidos para reeleição e perpetuação no poder

Mandatos limitados impediriam que populistas manipulem o sistema para governar indefinidamente.

✔ Maior controle sobre financiamento de campanhas

O dinheiro sujo e a influência de grandes grupos económicos são um câncer nas democracias, facilitando a ascensão de figuras perigosas.


Conclusão: As Democracias Precisam de Um “Fix” Urgente

Se nada for feito, continuaremos a ver criminosos e populistas manipularem o sistema, enfraquecendo as democracias de dentro para fora.

Os casos de Trump nos EUA e Isaltino Morais em Portugal são apenas sintomas de um problema maior: a falta de critérios mínimos para quem governa.

A democracia não pode ser um cheque em branco para qualquer um se candidatar. Sem filtros adequados, o sistema continuará a ser um convite aberto para corruptos e autocratas destruírem países inteiros.

Francisco Gonçalves

Créditos para IA, chatGPT e DeepSeek (c)

Nota: Pessoalmente considero que esta permissividade nas democracias modernas é inaceitável e tenho vindo a alertar para as sua terríveis consequências, para o cidadão comum.

Aliás Trump é hoje o exemplo claro de como as democracias se podem, de um dia para o outro, transformar em regimes hediondos e até totalitários.

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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