Democracia e Sociedade

A Rejeição da Ciência na Era Trump: Um Retrocesso Para a Humanidade

A ascensão do anti-intelectualismo e da pseudociência tem sido uma das maiores ameaças ao progresso global. Desde que voltou à presidência dos Estados Unidos em janeiro de 2025, Donald Trump tem reforçado a sua postura de desvalorização da ciência e da educação, colocando em risco não apenas o avanço científico, mas também a capacidade da humanidade de enfrentar desafios críticos como as alterações climáticas, pandemias e inovação tecnológica.

A sua administração tem sido marcada por um desprezo pela ciência, pela descredibilização de especialistas e pela promoção de narrativas pseudocientíficas. Esse legado continua a afetar os Estados Unidos e o mundo, com repercussões que podem durar décadas.


1. A Rejeição Sistemática da Ciência Durante os Mandatos de Trump

Desde o seu primeiro mandato, Trump demonstrou uma postura hostil em relação à ciência e ao conhecimento especializado. No seu regresso à Casa Branca em 2025, essa tendência intensificou-se, com ações e discursos que minam a credibilidade de cientistas e investigadores.

1.1 Alterações Climáticas: O Negacionismo Como Política de Estado

  • Trump retirou os EUA do Acordo de Paris (durante o primeiro mandato) e voltou a enfraquecer políticas ambientais no segundo.
  • A sua administração incentivou o uso de combustíveis fósseis, enfraquecendo regulamentações ambientais e favorecendo empresas poluentes.
  • Minimizou os alertas da comunidade científica sobre os impactos do aquecimento global, chamando as alterações climáticas de “uma farsa”.

1.2 Pandemia de COVID-19: Negligência e Pseudociência

  • Durante a pandemia, Trump descredibilizou os principais especialistas em saúde pública, como Anthony Fauci.
  • Promoveu tratamentos sem comprovação científica, como a ingestão de desinfetante e medicamentos ineficazes.
  • Politizou a vacinação, levando a um aumento da hesitação vacinal entre os seus apoiantes.

1.3 Cortes no Financiamento Científico e Educação

  • Reduziu o orçamento de instituições essenciais como a NASA, EPA (Agência de Proteção Ambiental) e NIH (Instituto Nacional de Saúde).
  • Incentivou estados conservadores a enfraquecerem o ensino da evolução biológica, favorecendo o ensino criacionista em algumas escolas.
  • Enfraqueceu programas de pesquisa científica, dificultando avanços em áreas como inteligência artificial, biotecnologia e energias renováveis.

2. As Consequências Globais do Desprezo pela Ciência

As políticas anti-científicas de Trump não afetam apenas os Estados Unidos – elas têm implicações para toda a humanidade.

2.1 Atraso na Luta Contra as Alterações Climáticas

O enfraquecimento das regulamentações ambientais e o apoio à indústria de combustíveis fósseis agravam a crise climática global. Os EUA são um dos maiores emissores de CO₂, e a falta de liderança climática americana dificulta o progresso global.

2.2 Aumento da Desinformação e do Anti-intelectualismo

Trump ajudou a consolidar uma cultura de desconfiança na ciência, promovendo teorias da conspiração e desinformação. Isso levou a um aumento da hesitação vacinal, ao fortalecimento do negacionismo climático e à descredibilização de especialistas em diversas áreas.

2.3 Enfraquecimento da Inovação Científica e Tecnológica

Os cortes no financiamento da pesquisa e a hostilidade contra cientistas podem fazer com que os EUA percam competitividade para potências como China e União Europeia, que continuam a investir em tecnologia e inovação.


3. Como Combater o Anti-intelectualismo e Proteger a Ciência?

A resistência ao ataque à ciência deve vir de múltiplos setores da sociedade:

3.1 Educação e Divulgação Científica

  • Reforçar o ensino científico nas escolas e universidades.
  • Incentivar programas de literacia científica para combater a desinformação.

3.2 Mobilização da Comunidade Científica

  • Cientistas devem comunicar melhor com o público, tornando a ciência mais acessível.
  • Instituições de pesquisa precisam de se unir para defender a integridade da ciência contra interesses políticos.

3.3 Regulação da Desinformação Online

  • Combate às fake news e à desinformação científica nas redes sociais.
  • Responsabilização de plataformas que permitem a disseminação de pseudociência.

4. Conclusão: A Ciência Como Pilar da Civilização

A ciência não é apenas um campo de estudo – é a base do progresso humano. Quando líderes como Trump atacam o pensamento científico, eles minam a capacidade da humanidade de resolver problemas urgentes e comprometem o futuro das próximas gerações.

A luta pela valorização da ciência é uma luta pela sobrevivência da humanidade. Se não resistirmos à onda de anti-intelectualismo e pseudociência, poderemos enfrentar um retrocesso civilizacional com consequências devastadoras.

Francisco Gonçalves

Créditos para IA, DeepSeek e chatGPT (c)

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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