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A Mediocridade e a Esperteza: Reflexões sobre Portugal
Grandes e imensos foram sempre os portugueses ao longo da história, não porque fossem superiores ou mais dotados, mas porque sempre souberam pensar além da mediocridade nacional que nos puxa para baixo, impedindo-nos de avançar. Em vez de enfrentarmos as adversidades com coragem e a buscar nelas novas oportunidades, somos frequentemente tolhidos por elas. O comportamento geral dos portugueses, e em particular da classe governante, nos últimos 50 anos, não me deixa encantado em ser português. É verdade que a nossa história é rica em grandes feitos e homens que se destacaram pelo seu empreendedorismo, ousadia e coragem, características que nos dão algum orgulho e alento. No entanto, o século…
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Should we be concerned with Trump expansionist language?
Trump’s expansionist language should raise concern, even if it seems rhetorical rather than a direct policy plan. Such rhetoric can have significant implications for global stability, diplomacy, and the international order. Here’s why it matters: 1. Erosion of International Norms The modern international system is built on principles like national sovereignty, territorial integrity, and peaceful cooperation, formalized in the UN Charter. Expansionist rhetoric, even when not acted upon, can undermine these norms by signaling that powerful nations can challenge borders and national identities. 2. Straining Alliances and Diplomatic Tensions Trump’s remarks about annexing Canada and acquiring Greenland could strain relations with key allies: Canada is a NATO member and shares…
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Os média usados como instrumento de dominação de um povo
As emissões de televisão, os jornais e os media em geral, que dominam o espaço informativo do meu país, parecem frequentemente servir como instrumentos de manipulação, favorecendo interesses de uma elite que, de certa forma, capturou a democracia e os destinos da nação. Assistir hoje à programação televisiva nacional é, muitas vezes, expor-se a uma constante influência ideológica, tanto nos conteúdos como nas mensagens publicitárias. Um exemplo claro é o uso de campanhas de grandes marcas para promover a ideia de que os portugueses são “o melhor povo do mundo”, elogiando a sua resiliência enquanto, em muitos casos, se ignoram as dificuldades e desigualdades que persistem no país. Se Egas…
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Quem serve quem nesta democracia : O Estado e os cidadãos
O nosso país encontra-se à beira da falência, e o Estado, em sua arrogância e impunidade, continua a gastar o que não conseguimos mais pagar. A situação é dramática, e, no entanto, assistimos à persistência de uma política insensata, completamente alheia à realidade dos cidadãos. O que estamos a viver não é uma democracia plena, mas uma falácia, onde o povo serve o Estado, e não o contrário. Esta mentalidade, herdada do Estado Novo, foi cuidadosamente cultivada ao longo de décadas por uma classe dominante que se apoderou do país, subvertendo os princípios do Estado de Direito e criando uma autêntica oligarquia, disfarçada de democracia. É urgente que a elite…
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Como educar os portugueses para a cidadania activa?
Face a recentes estudo da OCDE, constata-se que os portugueses em geral não dispõem de ferramentas nem literacia suficiente para intervirem criticamente e exercerem uma cidadania activa, que leve os políticos a prestarem contas à sociedade com total transparência, que combatam a corrupção, uma Justiça mais “igual para todos”, também uma democracia mais evoluída, tendo em vista uma sociedade mais justa e equitativa. Como tal importa que cada cidadão esteja desperto para a uma cidadania activa e para enfim se promover uma verdadeira cultura política, pensamento crítico e literacia entre os portugueses, especialmente quando a escola actual falha nestes objectivos. Para tal julgo será necessário que a sociedade se empenhe…
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Portugal é hoje um Estado de Nepotismo, longe do que poderá ser uma democracia
E há algo que de sempre me tem intrigado e para o qual não ha qualquer explicação lógica! As televisões e a imprensa em geral gostam de criar mesas redondas onde bestas quadradas discutem problemas bicudos. Dito isto, pergunto a estes poderes acéfalos que dominam Portugal, qual a razão porque nos debates publicos, apenas juntam às discussões sobre os problemas que Portugal há muito enfrenta, jornalistas avençados, politicos e personalidades que vivem à custa do erário público, como investigadores, professores universitarios, e outros do mesmo clube – O Estado. Não estará na altura de chamar, para debater Portugal e que soluções a adoptar, personalidades das empresas privadas, pessoas bem informadas…
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Portugal um país de déspotas
Abordo aqui, algo que de sempre me Inquieta, que é a forma como o debate público é conduzido em Portugal. A presença quase exclusiva de figuras ligadas ao setor público e a partidos políticos, frequentemente em circuitos fechados, limita a diversidade de perspetivas e contribui para um discurso pouco representativo da realidade do país. A falta de vozes independentes, como empresários, especialistas de setores privados e cidadãos com experiência prática fora das estruturas do Estado, empobrece o debate e perpetua um ciclo de opiniões alinhadas com o status quo. Esta ausência de pluralidade e confronto de ideias contribui para a manutenção de um sistema fechado, onde as mesmas elites dominam…
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Como o povo islandês se organizou e tomou o poder nas suas mãos
O povo da Islândia tomou ações significativas para afastar governos considerados corruptos e incompetentes, especialmente após a crise financeira de 2008. Alguns dos principais eventos e ações incluem: 1. Protestos em massa (2008-2009): A crise financeira de 2008, que afetou severamente a Islândia, gerou uma onda de protestos populares. A população estava revoltada com a gestão do governo e a responsabilidade dos bancos na crise. Os cidadãos se manifestaram nas ruas em grandes números, pedindo a renúncia dos responsáveis pelo colapso econômico. 2. Renúncia do governo (2009): Após meses de protestos, o governo liderado pelo Primeiro-Ministro Geir H. Haarde, do Partido da Independência, foi forçado a renunciar. Essa ação resultou…
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A Crise de Produtividade na Europa: Causas e Caminhos para Superação
A produtividade é frequentemente apontada como um dos motores principais para o crescimento económico e a prosperidade de qualquer nação. No entanto, na Europa, um continente historicamente associado à inovação e ao desenvolvimento, a produtividade tem enfrentado estagnação ou crescimento anémico nas últimas décadas. Este problema não é apenas um obstáculo económico, mas uma ameaça à competitividade global e à sustentabilidade do modelo de bem-estar social europeu. Diagnóstico da Falta de Produtividade Um estudo recente da Proudfoot Consulting trouxe à tona uma realidade desconfortável: a crise de produtividade na Europa está profundamente enraizada na má gestão, e não apenas em fatores como tecnologia ultrapassada ou horários de trabalho reduzidos. O…
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As empresas de recrutamento e a sua missão impossível
A tendência em muitas empresas de recrutamento tem sido procurar profissionais que sejam especialistas em uma quantidade absurda de tecnologias, o que acaba sendo praticamente impossível para qualquer pessoa ser verdadeiramente competente em todas elas. O mercado acaba gerando uma pressão onde se esperam respostas que atendam a esses requisitos irreais, muitas vezes por salários que não correspondem à carga de trabalho exigida. Essa falta de realismo na descrição das funções e a desvalorização dos profissionais são um reflexo de um sistema que prioriza o imediatismo e a busca por resultados rápidos, em vez de investir no desenvolvimento contínuo e no potencial humano. Isso leva a um ciclo em que,…