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Excelência vs. Mediocridade: A Chave para a Verdadeira Transformação

A Europa, e em particular Portugal, enfrenta um problema estrutural que impede o progresso e a criação de riqueza: o conformismo generalizado e a ascensão da mediocridade, especialmente em empresas e no setor público. Em vez de valorizar a excelência e o mérito, muitas organizações promovem um ambiente onde a inércia e a falta de visão prosperam, sufocando qualquer tentativa de inovação.

Peter Drucker capturou bem essa mentalidade ao afirmar:

“Premie quem falha e tenta sempre, e puna quem não arrisca e se acomoda.”

Infelizmente, o que vemos em grande parte do mercado de trabalho e da administração pública é exatamente o oposto. Aqueles que tentam inovar e arriscar enfrentam resistência, enquanto os que se acomodam e evitam qualquer tipo de risco sobem na hierarquia. Isso cria um sistema que desmotiva os mais capazes e premia os medíocres, gerando um ciclo vicioso de estagnação.

O Papel dos Gestores na Promoção da Mediocridade

Muitos gestores, principalmente em empresas burocratizadas e no setor público, preferem rodear-se de funcionários medíocres e submissos, pois estes não representam uma ameaça à sua posição. Em vez de promover uma cultura de melhoria contínua e resultados, reforçam um ambiente de conformismo, onde o mais importante não é a competência, mas a capacidade de se encaixar no sistema sem fazer ondas.

Essa mentalidade tem efeitos devastadores:

  • Inibe a inovação e o progresso.
  • Afasta os talentos que poderiam contribuir para o crescimento da organização.
  • Mantém empresas e instituições em um estado de letargia, enquanto o mundo avança.

A Solução: Meritocracia, Risco e Excelência

Se Portugal e a Europa querem realmente evoluir, é preciso inverter esta lógica. A excelência deve ser incentivada e a mediocridade desencorajada, sem medo de penalizar gestores e funcionários que apenas ocupam espaço sem agregar valor. Algumas mudanças fundamentais incluem:

  1. Criar uma cultura de meritocracia – Promoções e recompensas devem ser baseadas no desempenho real e não em favoritismos ou tempo de serviço.
  2. Punir a inércia e a incompetência – Quem não arrisca, não tenta melhorar processos e apenas segue o fluxo deve ser responsabilizado por sua falta de iniciativa.
  3. Valorizar quem tenta, mesmo que falhe – O fracasso é parte do processo de inovação. Empresas e governos devem aprender a diferenciar um erro honesto de um comportamento negligente.
  4. Fomentar ambientes de trabalho desafiadores – Incentivar o pensamento crítico e a busca constante por melhores soluções.

A Importância da Iniciativa Individual

Muitos esperam que o sistema mude de cima para baixo, mas a verdadeira transformação começa em cada profissional. Quem tem competências e visão deve procurar formas de se destacar, seja dentro do país ou em mercados internacionais, onde a excelência ainda é valorizada.

A tecnologia e o trabalho remoto abrem novas oportunidades para profissionais e empreendedores que não querem ficar reféns da mediocridade instalada.

Conclusão

Portugal e a Europa só evoluirão quando deixarem de tolerar e recompensar a mediocridade. Quem quer um futuro melhor deve desafiar o status quo, arriscar e lutar pela excelência, mesmo enfrentando resistência. No fim das contas, são aqueles que ousam mudar que realmente fazem a diferença.

Francisco Gonçalves

e-mail: francis.goncalves@gmail.com

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Créditos para ChatGPT (c) e DeepSeek (c) na formatação do texto e geração de imagem que ilustra este texto.

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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