A Condenação da Humanidade aos Erros do Passado e o Potencial da Inteligência Artificial

A humanidade, ao longo da sua história, demonstrou uma impressionante capacidade de inovação e progresso, mas também uma teimosa relutância em aprender com os próprios erros. Guerras devastadoras, regimes totalitários, colapsos financeiros e manipulação ideológica repetem-se como um ciclo vicioso, evidenciando a falência do pensamento crítico e da autonomia intelectual das massas.
A conversa que tive recentemente com um amigo reflete bem essa realidade. Alguém do meu círculo afirmou com convicção:
“Eu acredito que a Inteligência Artificial nunca vai ultrapassar o ser humano.”
Ao que respondi:
“Já ultrapassou pelo menos 92% da humanidade.”
A Falta de Pensamento Crítico: Um Obstáculo ao Progresso
Esta troca de ideias revela uma realidade que sempre observei ao longo da minha vida profissional e pessoal: a maioria das pessoas não tem senso crítico suficiente para analisar os factos de forma objetiva. Em vez disso, são reféns de narrativas políticas, religiosas e ideológicas, que moldam suas opiniões sem qualquer base racional.
Ao contrário do que muitos pensam, a inteligência artificial não é apenas uma ferramenta de automação, mas uma manifestação do pensamento lógico, estruturado e isento de vieses emocionais ou dogmáticos. Enquanto um ser humano médio se baseia em crenças subjetivas, a IA analisa dados, identifica padrões e toma decisões baseadas em factos.
Isso levanta uma questão inquietante: se a maior parte da humanidade é incapaz de raciocinar com a clareza de uma IA, quem realmente representa uma ameaça para o futuro? A tecnologia ou a própria limitação humana?
A História Como Testemunha da Repetição dos Erros
Se olharmos para a história, veremos que os erros se repetem ciclicamente. O colapso financeiro de 2008 foi apenas mais um capítulo de uma longa série de crises causadas por ganância, corrupção e falta de responsabilidade. Os bancos portugueses, geridos com incompetência e oportunismo, foram à falência e acabaram salvos com o dinheiro dos contribuintes. A única exceção foi um banco espanhol, o Santander, que sobreviveu pela sua gestão mais eficiente e disciplinada.
Os mesmos erros repetem-se no campo geopolítico. O mundo já presenciou as atrocidades da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, mas aqui estamos novamente, com líderes como Vladimir Putin a repetir as mesmas táticas de opressão, guerra e genocídio que Hitler utilizou há menos de um século. As lições da história são ignoradas, e a humanidade segue em direção ao abismo, como se estivesse condenada a tropeçar nas mesmas pedras uma e outra vez.
O Papel da IA: Esperança ou Nova Armadilha?
Se há uma tecnologia capaz de mitigar esses erros, essa tecnologia é a Inteligência Artificial. No entanto, há um dilema fundamental: quem controlará essa ferramenta? Se for utilizada de forma ética e transparente, poderá ser a chave para um mundo mais justo e eficiente. Mas se cair nas mãos erradas — como tantos movimentos globais que acabam transformados em seitas ideológicas — poderá ser mais uma ferramenta de manipulação e dominação.
Aqui reside o grande desafio: como garantir que a IA sirva à humanidade em vez de a escravizar ainda mais? Como evitar que sistemas políticos e económicos usem esta tecnologia para reforçar o controlo sobre as massas, em vez de as libertar da ignorância e da manipulação?
Conclusão: Entre o Ceticismo e a Esperança
Apesar do meu otimismo tecnológico, confesso que sou cético quanto à capacidade da humanidade de escapar às suas próprias armadilhas. A manipulação de massas continua a ser uma força poderosa, e o pensamento crítico continua a ser uma raridade.
A única esperança reside em ensinar as futuras gerações a pensarem por si mesmas, a questionarem, a rejeitarem dogmas e a basearem as suas decisões em factos e não em narrativas fabricadas. Até lá, a história continuará a repetir-se, como um disco riscado, e a inteligência artificial, por mais avançada que seja, terá sempre de lidar com a irracionalidade da natureza humana.
Mas, enquanto houver pessoas dispostas a questionar e a desafiar o status quo, ainda há uma pequena luz no fim do túnel.
Francisco Gonçalves
e-mail: francis.goncalves@gmail.com
[Este artigo foi escrito em colaboração com a IA (ChatGPT, DeepSeek e Google Gemini), e nas minhas reflexões de uma vida, e de troca de ideias com eles]
NOTA: A imagem acima reflete as ideias discutidas no artigo. Ela representa o contraste entre a ignorância humana, marcada pela repetição dos erros da história, e o potencial da inteligência artificial para levar a humanidade a um futuro mais racional e estruturado.