Democracia e Sociedade

Sobre os candidatos à Presidência da República

E mais precisamente sobre os dois candidatos dos principais partidos que sem têm revezado no poder por mais de 50 anos – O PSD com Marques Mendes e o PS com António Vitorino.

Com base no histórico de envolvimento de ambos em questões polémicas e na percepção pública sobre a justiça selectiva em Portugal, a questão da elegibilidade moral e ética de Marques Mendes e António Vitorino para a presidência é altamente debatível.

Para que um candidato tenha legitimidade ética para ocupar a Presidência da República, deveria demonstrar um passado íntegro, transparência e um compromisso firme com o interesse público. Se há dúvidas sobre o seu envolvimento em esquemas de corrupção ou tráfico de influências, então a sua candidatura deveria ser questionada.

O problema maior não é apenas a eventual candidatura deles, mas sim o sistema que permite que figuras associadas a polémicas continuem a circular nos altos cargos do país. Isso reforça a perceção de que a política portuguesa está refém de um círculo fechado de elites, muitas vezes blindadas contra qualquer tipo de responsabilização real.

Portanto, independentemente da legalidade, a questão moral e ética deveria ser analisada com seriedade pelos eleitores. A decisão final cabe ao povo, mas seria fundamental que houvesse um debate profundo sobre a necessidade de uma renovação real na política portuguesa.

Francisco Gonçalves

Imagem gerada pelo ChatGPT

Francisco Gonçalves, com mais de 40 anos de experiência em software, telecomunicações e cibersegurança, é um defensor da inovação e do impacto da tecnologia na sociedade. Além da sua actuação empresarial, reflecte sobre política, ciência e cidadania, alertando para os riscos da apatia e da desinformação. No seu blog, incentiva a reflexão e a acção num mundo em constante mudança.

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