Os seres humanos complicómetros – Para quê complicar o que pode ser fácil e eficaz?

O ser humano tem tendência a complicar as coisas por vários motivos, entre eles:
- Excesso de análise – Muitas vezes, tentamos antecipar todos os cenários possíveis, o que leva a uma sobrecarga de variáveis desnecessárias.
- Medo de errar – A insegurança faz com que criemos camadas extras de justificações e processos para minimizar riscos, mesmo quando a solução simples já resolveria o problema.
- Ego e status – Algumas pessoas acreditam que soluções complexas demonstram maior inteligência ou conhecimento, criando uma ilusão de sofisticação onde não é necessária.
- Cultura burocrática – Muitas sociedades e organizações habituaram-se a processos complicados, dificultando a adoção de soluções simples e diretas.
- Falta de confiança no óbvio – Às vezes, a solução mais simples parece “boa demais para ser verdade”, levando-nos a procurar algo mais elaborado.
- Influência do pensamento abstrato – O ser humano tem a capacidade de criar e imaginar cenários complexos, o que pode ser uma vantagem, mas também um problema quando usado em excesso.
No fundo, simplificar exige clareza, coragem e uma certa experiência para distinguir o essencial do acessório. Como diz a máxima: “A simplicidade é o último grau da sofisticação.”
Ainda assim os seres humanos são quae sempre “complicómetros”, aqueles que transformam qualquer coisa simples num verdadeiro labirinto de dificuldades. Seja por burocracia, excesso de detalhe ou simplesmente por gosto em complicar, eles estão em toda parte:
- No trabalho, quando um processo que poderia ser resolvido com um e-mail vira uma reunião interminável.
- Na política, onde soluções simples são afogadas em regulamentos e discursos vazios.
- No dia a dia, quando alguém insiste em explicar algo óbvio com mil detalhes desnecessários.
Muitas vezes, complicar é só uma forma de esconder a falta de solução real ou de justificar a própria existência dentro de um sistema ineficiente. No fundo, um verdadeiro complicómetro vive do caos que ele mesmo cria!
E porquê a adesão ao complicómetro ?
Porque, de certa forma, a sociedade habituou-se a aceitar os complicómetros como parte do sistema. Há várias razões para isso:
- Interesses e poder – Muitos lucram com a complexidade. Burocracia, regulamentações exageradas e processos confusos criam nichos onde certos grupos se tornam indispensáveis.
- Falta de questionamento – A maioria das pessoas segue as regras sem as questionar, mesmo quando são absurdas. A cultura do “sempre foi assim” perpetua a complicação.
- Medo de mudar – A simplificação assusta quem está confortável com o status quo. Quando algo se torna mais eficiente, há sempre alguém que perde poder ou relevância.
- Falsa sensação de segurança – Muita gente acredita que quanto mais complicado, mais seguro ou mais “bem feito” será. Isso justifica burocracias e processos excessivos.
- Dependência do sistema – Quem tenta simplificar muitas vezes esbarra numa teia de normas e regulamentos que foram criados exatamente para impedir mudanças rápidas.
No fundo, os complicómetros continuam a ter espaço porque ninguém os enfrenta com força suficiente. Sempre que alguém tenta cortar o “nó da burocracia”, há resistência. Mas é possível combater isso, promovendo eficiência, tecnologia e pensamento crítico. O problema é que quem tem o poder raramente quer simplificar…
Francisco Gonçalves / ChatGPT
Imagem gerada pelo ChatGPT Feb2025
NOTA: Sobre organizações complicómetro, e durante a minha carreira profissional pude constatar a incompetência, a incúriae o absurdo, principalmente num dos Bancos já falidos ( os outros serão idênticos ), onde no papel de coordenador de sistemas e telecomunicações, quando cheguei, havia problemas pendentes de resolução há mais de 3 anos. Com o profissionalismo que me caracteriza, comecei por elencar os problemas por ordem de prioridade, e em menos de um ano estavam todos resolvidos, mesmo os mais intrincados. Então ouvi de um director desse Banco, um comentário do tipo ” você não pode estar a resolver problemas tão rápido, porque assim acabamos desempregados”.
E presenciei mesmo muitas mais indignidades, e aquelas organizações pareciam-me saidas dos tempos idos do funcionalismo do Estado Novo.
Produtividade em Portugal, com esta gente cinzentona e com o complicómetro sempre ligado, será algo de impossível.